Países prosseguem operações para retirar cidadãos do território africano.
Uma trégua de 72 horas está a permitir a retirada de centenas de cidadãos estrangeiros do Sudão. O exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido acordaram baixar as armas, a partir das 0h00 desta terça-feira, para uma pausa de três dias num conflito que está a arrastar o país para uma guerra civil e já fez mais de 400 mortos e cerca de 3.700 feridos.
Sem adiantar números exatos, Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, confirmou a retirada de mais de mil europeus do território. Ou seja, nos últimos dias, terão saído de Cartum dois terços dos cidadãos e diplomatas da União Europeia que estavam no Sudão quando o conflito começou.
Até ao momento, as operações já envolveram cerca de 30 voos realizados por vários países da União Europeia e permitiram a retirada de 21 portugueses. Apenas um cidadão decidiu ficar no país por considerar não correr perigo.
António Guterres, secretário-geral da ONU, revelou esta segunda-feira estar a trabalhar com organizações humanitárias no terreno e, apesar de ter autorizado a deslocação de algum pessoal e famílias, garante que as Nações Unidas não vão abandonar o Sudão