Ciclone Mocha semeou destruição no Bangladesh e Myanmar

Bombeiros e voluntários ajudam pessoas mais vulneráveis após a passagem do ciclone Mocha pelo Bangladesh
Bombeiros e voluntários ajudam pessoas mais vulneráveis após a passagem do ciclone Mocha pelo Bangladesh Direitos de autor Al-emrun Garjon/AP
De  Euronews
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No Bangladesh as operações de limpeza já começaram e as organizações humanitárias já estão a dstribuir ajuda alimentar, após a passagem do ciclone Mocha.

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Os residentes da costa do Bangladesh começaram a regressar às suas casas, ou ao que resta delas, depois de a poderosa tempestade Mocha ter atingido a costa do país.

Cinco pessoas morreram; centenas de milhares tiveram de ser retiradas de casa.

O ciclone Mocha começou a atingir a fronteira entre o Bangladesh e Myanmar no domingo, arrancando árvores e trazendo chuvas torrenciais a uma região onde vivem centenas de milhares de refugiados Rohingya.

No seu auge, o departamento meteorológico do Bangladesh afirmou ter registado ventos com a velocidade até 195 km/h; com rajadas de 215 km/h.

Bombeiros e voluntários já começaram a tentar limpar estradas e terrenos e os trabalhadores humanitários começaram a distribuir alimentos.

Há quem tenha perdido tudo. Abdur Rahim, comerciante, relata: "Tinha aqui uma loja. A loja foi destruída pela tempestade. Tenho uma horta de nozes de bétele, mas também foi destruída. Já vi os ciclones de 1991 e 1994, mas o de hoje foi mais perigoso".

A operação de limpeza vai demorar muito mais tempo num campo de refugiados Rohingya, onde cerca de 300 casas foram destruídas. As autoridades do Bangladesh proibiram os refugiados Rohingya de construir casas de betão, receando que isso os incentive a instalarem-se permanentemente em vez de regressarem a Myanmar, de onde fugiram há cinco anos na sequência de uma brutal repressão militar.

Para além dos campos de refugiados na fronteira, o Mocha matou três pessoas e deixou 700 feridas, em Myanmar, e obrigou 20 mil a procurarem refúgio em edifícios altos.

As equipas de socorro resgataram mil pessoas de zonas onde as águas subiram a quase 4 metros de altura.

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