Húngaros protestam contra lei que pode eliminar estatuto de funcionário público dos professores

ARQUIVO - Os protestos de professores e estudantes na Hungria arrastam-se há meses
ARQUIVO - Os protestos de professores e estudantes na Hungria arrastam-se há meses Direitos de autor Szilard Koszticsak/MTI - Media Service Support and Asset Management Fund via AP
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Várias cidades húngaras assistiram a manifestações de protesto contra introdução de lei que pretende eliminar o estatuto de funcionário público dos professores

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Budapeste e mais 15 cidades húngaras foram palco de manifestações contra a introdução da chamada "lei do estatuto".

A lei deverá eliminar o estatuto de funcionário público dos professores, piorando assim as condições de trabalho dos docentes e aumentar significativamente a carga horária.

Cerca de 1.500 pessoas reuniram-se junto do edifício do Ministério do Interior, no centro da capital.

Os manifestantes protestavam também contra a violência policial, uma vez que, na manifestação anterior, a polícia utilizou gás lacrimogéneo contra os estudantes quando estes se encontravam junto do edifício do gabinete do primeiro-ministro.

"Venho regularmente protestar, porque acho inaceitável que quase não haja professores na nossa escola, e que a qualquer protesto que se faça, a resposta não é o aliviar mas o agravamento da situação. Esta "lei do estatuto" é também referida como uma "lei de vingança"; e isto não é por acaso," explica um manifestante.

"É importante não tratar isto como um caso individual, como apenas um problema dos professores, um problema de apenas alguns milhares de pessoas. É importante construir esta solidariedade social que podemos alcançar juntos em grandes passos para as nossas causas comuns," considera uma manifestante.

No final da manifestação em Budapeste, algumas pessoas subiram ao edifício do Ministério da Administração Interna e colaram autocolantes nas paredes. Desta vez, não houve confrontos entre os manifestantes e a polícia

O protesto desta quinta-feira ocorreu após uma série de manifestações e greves por salários mais altos e melhores condições de trabalho para os professores. A taxa de inflação húngara (atualmente de 24%) tem vindo a afetar os salários dos docentes, que já eram inferiores à média nacional e ocupam o penúltimo lugar entre os países da OCDE, de acordo com dados de 2021.

Os críticos referem-se à legislação como a "Lei da Vingança", entendida como um castigo pela resistência de um ano dos professores.

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