O aquecimento global, a poluição plástica e a pesca industrial são algumas das ameaças que o ecossistema marinho enfrenta.
As Nações Unidas celebram, esta quinta-feira, o Dia Mundial dos Oceanos, enquanto esforços são feitos para desenvolver o primeiro tratado internacional juridicamente vinculativo sobre a poluição plástica, inclusive no ambiente marinho.
Assim como a pesca industrial e os resíduos plásticos, o aquecimento global é uma grande ameaça ao ecossistema marinho.
"Estamos a ver impactos em todo o mundo e de forma desproporcional em países que não têm sido os emissores de gases de efeito estufa. Mas a par disso, estamos a ver impactos locais da pesca. Estas podem ser pescas não declaradas, não regulamentadas ou mal regulamentadas, que estão a ter impacto direto no oceano. E o que sabemos é que quando temos essas múltiplas tensões que se vão acumulando umas sobre as outras, isto está a criar um impacto enorme no oceano, no seu funcionamento e nos benefícios que ele oferece a nós e a todo mundo", diz a professora universitária Lucy Woodall.
A temperatura média da superfície dos oceanos aumentou cerca de 0,13°C por década nos últimos 100 anos, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos.
"Há duas coisas realmente importantes que podemos fazer para ajudar, e uma é reduzir as emissões globais. Precisamos fazer isso imediatamente e também criar áreas protegidas em larga escala", afirma a professora universitária, Cassandra Brooks.
No que respeita às temperaturas do planeta como um todo, maio foi o segundo mês mais quente jamais registado. A diretora adjunta do serviço europeu Copernicus disse que há sinais do fenómeno climático El Niño a surgir no Pacífico Equatorial.