Os perigos e consequências da rutura da barragem de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, podem levar décadas a desaparecer.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha teme que milhares de minas antipessoal tenham sido arrastadas e espalhadas por todo o território. A União Europeia mobilizou ajuda sob a forma de equipamento e maquinaria para ajudar os civis.
"Nós acostumámo-nos aos bombardeamentos, mas um desastre natural como este é um pesadelo", afirma Nataliya Korzh, habitante que teve de nadar para chegar a um sítio de onde pudesse ser resgatada.
Kiev diz que 1450 pessoas foram retiradas de casa, 20 mil estão sem eletricidade e centenas de milhares sem água potável. As equipas de resgate não páram.
"Os moradores enviam-nos as geolocalizações e nós vimos buscá-los. Animais, pessoas... Trabalhamos com walkie-talkies e geolocalização", diz Sergiy, polícia.
Na área controlada pelos russos também há dezenas de localidades inundadas, a começar por Nova Kakhovka, que não acredita no que aconteceu.
A Rússia e a Ucrânia continuam a acusar-se mutuamente de explodir a barragem para ter vantagem militar. A Rússia afirma que foi bombardeada e a Ucrânia lembra que já tinha denunciado em outubro que a Rússia tinha minado a barragem. O Ocidente compartilha as alegações de Kiev e Ancara pediu uma investigação internacional.