Várias localidades ficaram inundadas após o colapso da barragem de Nova Kharkova provocando uma nova crise humanitária na Ucrânia.
A destruição da barragem de Nova Kakhovka, no rio Dnipro, está a criar uma crise humanitária que pode tornar-se grave. O colapso levou a evacuações em massa, devido à inundação de localidades numa vasta área. Também pôs em causa as culturas e os animais, ameaçou o abastecimento de água potável e as comunicações. Em suma, a sobrevivência de milhares de ucranianos está em causa.
O Presidente da Ucrânia, Zelenskyy, descreveu a situação como "uma bomba ambiental de destruição maciça" e responsabilizava Moscovo.
Nas redes sociais o chefe de Estado ucraniano dizia que tinha concordado com a deslocação do Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Mariano Grossi, ao país para romar conhecimento, "in loco", do que se passa e das possíveis repercussões na central de Zaporíjia.
A barragem e a central hidrelétrica de Kakhovka, no rio Dnipro, situam-se numa zona controlada por Moscovo há mais de um ano. Ambos os lados têm-se esforçado para pôr os residentes em segurança. São eles os mais afetados.
As consequências desta tragédia fazem sentir-se a vários níveis, humanitário, ambiental. O ministério do Interior da Ucrânia falava em 80 localidades, nas margens do referido rio, afetadas.
Peritos afirmam que o principal problema para o futuro da região será a necessidade de uma operação de limpeza maciça para descontaminar as terras agrícolas e os cursos de água.