Colapso de barragem cria nova crise humanitária na Ucrânia

Inundações em várias localidades ucranianas após colapso de barragem
Inundações em várias localidades ucranianas após colapso de barragem Direitos de autor Evgeniy Maloletka/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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De  Nara Madeira
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Várias localidades ficaram inundadas após o colapso da barragem de Nova Kharkova provocando uma nova crise humanitária na Ucrânia.

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A destruição da barragem de Nova Kakhovka, no rio Dnipro, está a criar uma crise humanitária que pode tornar-se grave. O colapso levou a evacuações em massa, devido à inundação de localidades numa vasta área. Também pôs em causa as culturas e os animais, ameaçou o abastecimento de água potável e as comunicações. Em suma, a sobrevivência de milhares de ucranianos está em causa.

O Presidente da Ucrânia, Zelenskyy, descreveu a situação como "uma bomba ambiental de destruição maciça" e responsabilizava Moscovo.

O mundo inteiro vai ficar a saber deste crime de guerra russo, o crime de ecocídio. A destruição, deliberada, da barragem e de outras instalações da central hidrelétrica, pelos ocupantes russos, é uma bomba ambiental de destruição maciça. Para bem da sua própria segurança, o mundo deve agora mostrar que a Rússia não ficará impune com este tipo de terror.
Volodymyr Zelenskyy
Presidente da Ucrânia

Nas redes sociais o chefe de Estado ucraniano dizia que tinha concordado com a deslocação do Diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Rafael Mariano Grossi, ao país para romar conhecimento, "in loco", do que se passa e das possíveis repercussões na central de Zaporíjia.

A barragem e a central hidrelétrica de Kakhovka, no rio Dnipro, situam-se numa zona controlada por Moscovo há mais de um ano. Ambos os lados têm-se esforçado para pôr os residentes em segurança. São eles os mais afetados.

As consequências desta tragédia fazem sentir-se a vários níveis, humanitário, ambiental. O ministério do Interior da Ucrânia falava em 80 localidades, nas margens do referido rio, afetadas.

Peritos afirmam que o principal problema para o futuro da região será a necessidade de uma operação de limpeza maciça para descontaminar as terras agrícolas e os cursos de água.

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