Explosão destrói barragem de Nova Kakhovka na Ucrânia

Imagem retirada de um vídeo publicado na conta do Twitter do Presidente da Ucrânia mostra a barragem parcialmente destruída
Imagem retirada de um vídeo publicado na conta do Twitter do Presidente da Ucrânia mostra a barragem parcialmente destruída Direitos de autor TWITTER / @ZELENSKYYUA
De  Euronews
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Dezenas de localidades já inundadas pelo rio Dnipro e milhares de pessoas "em zona crítica". Moscovo e Kiev trocam acusações sobre a responsabilidade deste ataque.

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Uma grande barragem construída na era soviética, em Nova Kakhovka, no sul da Ucrânianuma zona controlada pela Rússia, explodiu esta terça-feira provocando uma enorme inundação. A informação foi confirmada por forças ucranianas e russas.

O Ministério ucraniano do Interior escreveu no Telegram que a barragem de Kakhovka tinha explodido e apelou aos residentes de 10 localidades na margem direita do rio e na cidade de Kherson para reunirem documentos essenciais e animais de estimação, desligarem a eletricidade e partirem. 16 mil pessoas estão na chamada "zona de risco".

Vários vídeos a circular nas redes sociais, mostram uma série de explosões intensas à volta a barragem de Kakhovka. Outros vídeos, incluíndo um publicado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, mostram a água a inundar a zona. 

Neste tweet, Zelenskyy acusa "terroristas russos" de serem os responsáveis por este ataque. O Presidente ucraniano convocou, entretanto, um Conselho de Segurança do país para gerir mais esta situação de crise.

Kiev diz que o perigo de um acidente nuclear "aumenta rapidamente", mas a Agência Internacional de Energia Atómica considera que não existe perigo imediato para o funcionamento da maior central nuclear da Ucrânia.

Ainda não foi apurada a origem da explosão. Numa primeira reação, Moscovo e Kiev culpam-se mutuamente.

A barragem, com 30 metros de altura e 3,2 km de comprimento, foi construída em 1956 no rio Dnipro como parte da central hidroeléctrica de Kakhovka.

Possui um reservatório de 18 km3 que também fornece água à península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014, e à central nuclear de Zaporíjia, que também está sob controlo russo.

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