Documento revela os motivos para uma jovem ter assassinado um deputado francês em nome da República.
Um pedaço da história de França foi vendido em leilão, este domingo, por 215 mil euros. Em causa está um manuscrito de Charlotte Corday, uma jovem de 24 anos, originária da Normandia, condenada à guilhotina pelo assassinato do deputado Jean-Paul Marat, a 13 de Julho de 1793.
No documento de três páginas foi escrito momentos antes do crime, Corday explica os motivos que a levaram a cometer homicídio.
A jovem afirma ter atuado em nome da paz e República, por considerar que os ideais revolucionários estavam a ser subvertidos pela brutalidade dos detentores do poder.
Charlotte Corday escondeu o manuscrito dentro da blusa, no momento da sua detenção. Mas apesar de apresentar os seus argumentos, o documento foi retirado do processo de acusação por não ter agradado ao tribunal revolucionário.
O objeto histórico já valorizou várias coleções e é agora propriedade da região da Normandia, a cidade de Caen e o departamento de Calvados.