Noite de segunda-feira deu origem a 72 detenções, desde sexta-feira já foram detidas perto de quatro mil pessoas devido à violência que se seguiu à morte de Nahel
Emmanuel Macron recebe esta terça-feira os autarcas de mais de duas centenas de municípios afetados pela violência que há seis noites se faz sentir em França. O presidente francês procura uma resposta para o problema, na segunda-feira reuniu-se com os grupos parlamentares e a primeira-ministra Elisabeth Borne aproveitou a ocasião para apelar à ordem:
"Discutimos vários assuntos sobre as políticas da cidade, o papel da escola, a autoridade parental, a responsabilidade dos pais. Devemos refletir sobre estas questões, foi isso que o Presidente da República teve oportunidade de dizer. Hoje é o dia do regresso à ordem."
Na noite de segunda-feira, Macron fez também uma visita surpresa a uma esquadra para manifestar o seu apoio às forças policiais.
O dia ficou ainda marcado também pelas manifestações de solidariedade ao autarca de L'Haÿ-les-Roses, alvo de um ataque com um carro armadilhado.
Vincent Jeanbrun considera que "é a própria democracia que é atacada" uma vez que "cada um dos seus símbolos é alvo de ataques, as câmaras municipais são atacadas, os funcionários eleitos, os professores são atacados, as forças policiais e os serviços de emergência são diariamente tratados como alvos".
Na origem da violência está a morte de Nahel, jovem abatido a tiro durante um controlo policial. A noite de segunda-feira foi relativamente calma, graças também aos 45 mil agentes das forças de segurança que patrulharam as ruas francesas e que procederam a 72 detenções. Desde sexta-feira já foram detidas perto de quatro mil pessoas.