Rússia quebrou acordo dos cereais, último carregamento já partiu. Secretário-geral da ONU diz que são os mais desprotegidos que vão pagar um preço elevado pela decisão.
Partiu o último navio de carga com cereais ucranianos inspecionado em Istambul, na Turquia, no âmbito do acordo internacional para a exportação de cereais, através do Mar Negro, celebrado com a Rússia.
Moscovo anunciou a decisão de quebrá-lo, no dia em que duas explosões destruíram a ponte da Crimeia. Mas garantiu que a decisão já estava tomada.
O Secretário-Geral da ONU, que mediou o primeiro acordo, manifestou-se profundamente desiludido com a decisão e lançava um alerta:
As críticas à Rússia também choveram na Europa. O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmava que "t__oda a gente vai perceber, exatamente, o que está por detrás disto". O facto de a "Rússia não se sentir responsável pela boa coexistência no mundo."
A Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores exportadores de cereais do mundo e muitos países dependem disso para evitar a fome.
Moscovo garantia estar disposta a retomar o acordo se forem levantadas as sanções relativas aos fertilizantes e produtos alimentares russos. O Ocidente acusa a Rússia de usar os alimentos como arma de guerra.