O avançado do Al Hilal, que ainda quase não jogou na Arábia Saudita devido a lesão, soma mais dois golos oficiais que o "rei", mas a CBF tem outras contas
Noite de festa em Belém do Pará. Na qualificação para o mundial de 2026, o Brasil goleou a Bolívia, por 5-1, com Neymar em destaque no estádio olímpico do "Mangueirão".
O agora jogador do Al Hilal, de Jorge Jesus, na Liga saudita, tinha sido protagonista pela negativa, no lançamento desta partida, com o treinador português a criticar a convocatória do avançado que tem estado lesionado e ainda praticamente não jogou no campeonato saudita.
Neymar, de 31 anos, desvalorizou as preocupações de Jesus, garantiu estar em condições de jogar, foi titular e bisou, num jogo em que até começou por falhar um penálti, mas em que viria a tornar-se histórico ao deixar para trás Pelé, na lista dos melhores goleadores da história do "escrete".
"Desde já quero dizer que, só porque alcancei esse recorde ultrapassando Pelé, não quer dizer que sou melhor que ele ou qualquer outro jogador da seleção. Sempre quis fazer a minha história e escrever o meu nome na história do futebol brasileiro. Hoje, fiz isso", afirmou Neymar, que até festejou ao estilo Pelé, com um soco no ar.
O atual dono da camisola "10", que em tempos na seleção foi de Pelé, já tinha igualado o número de golos do "rei" e agora soma 79, mais dois que a lenda do futebol "canarinho", com Ronaldo "Fenómeno" em terceiro (62). Abaixo do pódio, nas contas validadas pela FIFA, surgem Romário (55), Zico (48), Bebeto (39), Jairzinho e Ronaldinho Gaúcho (33).
A CBF, no entanto, contabiliza mais 22 jogos particulares não reconhecidos pela FIFA e concede a Pelé um total de 113 golos pela "canarinha", mais 16 que os de Neymar, ainda o jogador mais caro do mundo depois da transferência em 2017, do Barcelona para o Paris Saint-Germain.
Em termos internacionais, o melhor marcador do mundo por seleções é o português Cristiano Ronaldo, com 123 golos em 200 jogos (também um recorde). Também ainda no ativo, Lionel Messi é terceiro, com 104 em 176 jogos, e Robert Lewandowski, agora no Barcelona, é sétimo, com 81 em 143 partidas pela Polónia.
Na segunda jornada de qualificação para o Mundial de 2026 o Brasil vai a Lima enfrentar o Peru, que nesta primeira ronda empatou a zero no Paraguai.