Várias manifestações em solidariedade com o povo palestiniano foram proibidas em França e na Alemanha. Amesterdão encerra escolas judaicas com receio de incidentes.
Amesterdão decidiu encerrar as escolas judaicas, esta sexta-feira, com receio de incidentes contra a comunidade religiosa, após oHamas ter apelado a protestos em todo o mundo muçulmano.
Um dia antes, a cidade neerlandesa acolhia uma manifestação de apoio a Israel. Sabine Sterk esteve entre os manifestantes e lamenta estar a perder a "guerra das redes sociais".
"Acho que Israel perdeu uma guerra, que é a guerra das redes sociais, e os "palestinianos" - entre aspas para mim - ganharam a guerra das redes sociais. Agora, quase toda a gente está contra Israel. Por isso, estou muito feliz por haver aqui bastantes pessoas a apoiar Israel".
As vigílias por Israel multiplicam-se por grande parte do globo. Em Moscovo, as vítimas do Hamas foram homenageadas com flores junto à embaixada israelita na capital russa, após o presidente Vladimir Putin ter apelado à negociação entre as duas fações.
Manifestações pró-Palestina proibidas na Europa
Dois protestos pró-palestinianos em Paris foram interrompidos, também esta quinta-feira,pela polícia, após o ministro do Interior, Gérald Darmanin,ter proibido todas as manifestações favoráveis ao território muçulmano em França.
Os manifestantes acabaram por dispersados com gás lacrimogéneo e canhões de água.
Na Alemanha algumas autoridades locais impediram demonstrações públicas de apoio à Palestina.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou, esta quinta-feira, a proibição de atividades do movimento islamita Hamas no país, na sequência da ofensiva lançada no sábado contra Israel.
Já em Genebra, pediu-se respeito pelas mesmas convenções a que a cidade deu o nome na defesa do Direito Internacional Humanitário.
Adel Mejri, vice-presidente da associação das vítimas de tortura da Tunísia e coorganizador da manifestação, apela a uma reação da ONU e das organizações internacionais, "não para defender Israel, mas para aplicar as resoluções".
"O que estamos a pedir é simples: há resoluções, há leis, há as convenções de Genebra".