Vitória contra a Rússia começou há dez anos, diz Zelenskyy

Volodymyr Zelenskyy
Volodymyr Zelenskyy Direitos de autor UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE via AFP
Direitos de autor UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE via AFP
De  Euronews com Agências
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Uma década depois, o presidente ucraniano presta homenagem aos heróis da Praça Maidan

PUBLICIDADE

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, diz que a histórica revolta pró-europeia da Praça Maidan, há dez anos, foi a "primeira vitória" na guerra contra a Rússia.

"De facto, a primeira vitória na guerra de hoje já ocorreu. A vitória contra a indiferença. A vitória da coragem. A vitória da Revolução da dignidade", declarou num discurso para assinalar o 10º aniversário do início do movimento, que depôs o regime pró-russo então no poder na Ucrânia.

A Revolução Maidan teve início em protesto contra o facto de o então Presidente ucraniano pró-russo Viktor Yanukovych não ter assinado um Acordo de Associação com a União Europeia.

Zelensky acrescentou que o processo iniciado a praça no centro de Kiev tem continuado "ano após ano" e vai manter-se até que a Ucrânia a cumpra o seu destino europeu.

Para assinalar o chamado Dia da Dignidade e da Liberdade e reafirmar o apoio de Berlim a Kiev, o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, chegou esta terça-feira de surpresa à capital ucraniana.

A Alemanha é o segundo maior fornecedor de assistência militar à Ucrânia, a seguir aos Estados Unidos, e quer com este gesto tranquilizar o executivo de Zelenskyy, que já manifestou preocupação quanto ao apoio futuro dos aliados, mobilizados para o Médio Oriente, para a guerra entre Israel e o Hamas.

"Estou aqui mais uma vez, em primeiro lugar, para garantir mais apoio, mas também para expressar a nossa solidariedade e os nossos laços profundos, bem como a nossa admiração pela luta corajosa, valente e dispendiosa que está a ser travada aqui", disse Pistorius ao depositar flores na Praça Maidan, no centro de Kiev.

Esta é a segunda visita de Pistorius a Kiev desde que se tornou Ministro da Defesa, no início do ano, e ocorre um dia depois de uma visita à Ucrânia, também sem aviso prévio, do Secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

A visita surge após a intensificação dos ataques aéreos russos à Ucrânia e numa altura em que Kiev se prepara para um aumento dos ataques russoa às instalações energéticas, para fragilizar ainda mais a população durante o inverno.

Combates cerram junto a Kherson

A Rússia garante que está a bloquear as investidas ucranianas para atravessar o rio Dnipro na região de Kherson, na tentativa de fixar posição militar na margem esquerda.

De acordo com um comunicado do Ministério russo da Defesa, unidades da 810ª Brigada de Infantaria de Fuzileiros da Frota do Mar Negro "frustram todas as tentativas das Forças Armadas ucranianas de desembarcar nas ilhas e na margem esquerda do estuário do rio".

O comando militar ucraniano revelou entretanto que as suas tropas mantêm a guarda de 3 a 8 quilómetros - posições que alcançaram nos últimos dias na margem esquerda do Dnipro.

Especialistas militares consideram que os avanços anunciados por Kiev ainda são insuficientes para estabelecer um posto operacional na margem sul do Dnipro.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Rússia nega recurso a armas químicas na Ucrânia após acusação dos EUA

Países da NATO não conseguiram cumprir atempadamente o que prometeram à Ucrânia, diz Stoltenberg

Moscovo e Kiev acordam trocar 48 crianças deslocadas pela guerra