Centenas de pessoas foram vistas a deslocar-se para o norte da Faixa de Gaza, apesar dos avisos das Forças de Defesa Israelitas (FDI) e de Israel ter dito que bloquearia as tentativas de retorno.
Não houve relatos de combates nas horas seguintes ao início da trégua, na sexta-feira.
Milhares de moradores de Gaza deslocados voltaram para casa na área de Khan Yunis, no sul.
Com mais de metade das casas danificadas ou destruídas, segundo a ONU, muitos habitantes de Gaza não têm a certeza se ainda terão um teto sobre as suas cabeças quando regressarem.
Umm Ibrahim Asfour, deslocada de uma aldeia a leste de Khan Yunis, afirma: "É difícil expressar em palavras o que sentimos ou o que estamos a ver. As cenas são horríveis. Se tivéssemos sido atingidos por um tsunami, não teria sido tão mau."
Além disso, centenas de pessoas foram vistas a deslocar-se para o norte a partir do sul de Wadi Gaza, no centro da Faixa de Gaza, apesar dos avisos das Forças de Defesa Israelitas (FDI) e de Israel ter dito que bloquearia as tentativas de retorno.
Ainda existem relatos contraditórios sobre se a Cruz Vermelha conseguirá visitar os reféns que permanecerão em Gaza.
A Professora universitária, Tali Gazit, manifesta: “Espero que todos os reféns sejam eventualmente libertados e que todas as famílias possam abraçar os seus entes queridos. Penso que é a única forma de podermos dizer que saímos desta situação, desta situação terrível”.
A trégua permitiu que ajuda e combustível, extremamente necessários, começassem a fluir para Gaza. Israel concordou em permitir o fornecimento de 130 mil litros de combustível por dia durante a trégua – ainda assim será apenas uma pequena porção das necessidades diárias de Gaza, que estão estimadas em mais de 1 milhão de litros.
Para já, a interrupção dos combates possibilitou algum alívio para os 2,3 milhões de habitantes de Gaza, que sofreram semanas de bombardeamentos israelitas.