Rassemblement National subiu nas intenções de voto em Abril face ao mês de março e deverá vencer as europeias em França. Em segundo lugar aparece o Renascença, de Macron, que continua a perder terreno. Desaire do partido do presidente francês ameaça grande coligação pró-UE no parlmento europeu.
PUBLICIDADEO Rassemblement National, principal partido de extrema-direita em França, vai vencer as eleições europeias de 2024 em França, segundo revela uma supersondagem exclusiva da Euronews.
O Rassemblement National, liderado por Jordan Bardella, herdeiro político de Marine Le Pen, está em primeiro lugar, com 31,1% dos votos, tendo subido face aos valores de março.
A uma larga distância aparece na segunda posição o Renascença, do presidente francês Emmanuel Macron, que continua em queda e não chega aos 20% (17,5%). O Partido Socialista, deRapahël Gluksmann, completa o pódio das intenções de voto com 12,2%.
De março para abril, não há um aumento de apoio aos socialistas, que, ainda assim, estão acima dos Republicanos, formação política inserida no Partido Popular Europeu (PPE), o principal grupo do parlamento europeu.
A extrema-esquerda, organizada no La France Insoumise, melhora ligeiramente as suas expectativas eleitorais (7,4%), ao contrário dos Verdes franceses, que perderam algum terreno em relação a março (7%).
O Reconquista, de Éric Zemmour, consegue aumentar a votação relativamente a março, ainda que por pouco (5,9%), enquanto o Partido Comunista francês apresenta uma tendência decrescente (2,7%).
Vaga de direita pode reconfigurar Parlamento Europeu
A vaga de direita em França poderá influenciar a composição do futuro parlamento, nomeadamente em termos de lugares e de tendências políticas.
A vida poderá ser difícil para a atual grande coligação composta pelo PPE, sociais-democratas (S&D) e pelos liberais.
O partido da Renascença do Presidente Macron tem um papel de liderança na grande coligação devido ao elevado número de lugares que detém, sendo que um revés eleitoral poderia mesmo pôr fim à atual aliança dominante no hemiciclo europeu.
Os liberais franceses parecem estar a ceder alguns dos seus votos aos socialistas de Glucksman, que, no entanto, têm o seu próprio confronto com a esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon.