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"Estado da União": Gaza vai receber mais ajuda de curto e longo prazo

A UE vai retomar a ajuda ao desenvolvimento em Gaza, para reconstruir infraestruturas e serviços
A UE vai retomar a ajuda ao desenvolvimento em Gaza, para reconstruir infraestruturas e serviços Direitos de autor Mohammed Dahman/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Mohammed Dahman/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
De  Isabel Marques da Silva
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A trégua concertada entre Israel e o Hamas, esta semana, era um anúncio há muito aguardado e a União Europeia (UE) espera que permita maior acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Este é o tema da entrevista a Jorge Moreira da Silva, diretor-executivo da agência UNOPS, da ONU.

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A trégua permitirá o regresso à liberdade de um grupo de mulheres e crianças de entre os reféns israelitas capturados pelo Hamas, bem como de palestinianos detidos em prisões israelitas.

A UE pretende aproveitar para enviar mais ajuda humanitária e os territórios palestinianos vão, também, voltar a receber verbas para o desenvolvimento, que estavam a ser revistas.

O bloco é o maior doador internacional de fundos destinados a ter um impacto a longo prazo, dirigidos a áreas como as infra-estruturas e os serviços públicos e a Comissão Europeia anunicou, esta semana, que vai proceder aos pagamentos, depois de o seu controlo interno não ter identificado qualquer desvio de fundos para mãos erradas.

"A análise não encontrou indícios de que o dinheiro da UE tenha beneficiado, direta ou indiretamente, a organização terrorista Hamas. A revisão concluiu que o sistema de controlo em vigor funcionou. Consequentemente, os pagamentos aos beneficiários palestinianos e à UNRWA continuarão sem atrasos", disse Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia.

A execução das ajudas humanitária ao desenvolvimento em Gaza é efetuada, essencialmente, por organizações não governamentais e por agências da ONU.

Uma avaliação recente da ONU sobre o impacto socioeconómico da guerra refere que cerca de metade das casas, hospitais, escolas e estradas foram destruídos.

Vimos mais crianças serem mortas, em cinco semanas, do que em todos os conflitos do mundo, nos últimos quatro anos.
Jorge Moreira da Silva
Diretor-executivo, Escritório de Serviços de Projetos da ONU

Jorge Moreira da Silva, diretor-executivo do Escritório de Serviços de Projetos da ONU (UNOPS, na sigla em inglês), visitou Bruxelas, esta semana, para se encontrar com vários membros das instituições da UE. 

A euronews aproveitou a oportunidade para o entrevistar sobre a assistência que presta aos territórios frágeis, começando pela situação em Gaza.

"Vimos mais crianças serem mortas, em cinco semanas, do que em todos os conflitos do mundo, nos últimos quatro anos. Vimos até as instalações da ONU a serem atacadas. Penso que é fundamental que, nesta janela que está agora a ser aberta, seja possível prestar mais ajuda", disse Jorge Moreira da Silva. 

"Mas se, infelizmente, a janela se fechar, deveremos continuar a ter a capacidade de prestar ajuda adicional. Antes da crise, tínhamos uma média de 500 camiões a entrar em Gaza. Nas últimas quatro semanas, temos uma média de 40 camiões a entrar em Gaza. Obviamente, este número é muito inferior às necessidades básicas, que deveria ser de pelo menos 100 camiões", explicou o diretor-executivo.

(Veja a entrevista na íntegra em vídeo)

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