Os líderes europeus tentam tomar a dianteira nas negociações internacionais sobre o clima na COP28, no Dubai, durante o "dia dos líderes".
O presidente francês, Emmanuel Macron, instou os países do G7 a eliminarem completamente o carvão antes de 2030, dando assim o exemplo aos outros. De acordo com Macron, em França, até 2030, os combustíveis fósseis em geral "serão largamente minoritários, pela primeira vez desde a Revolução Industrial". Macron prometeu livrar-se do petróleo até 2045 e do gás até 2050.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, enalteceu o Clube Internacional do Clima, formalmente fundado no ano passado como uma iniciativa do G7 para reunir países para "coordenar os esforços e medidas internacionais para combater o aquecimento global e implementar o Acordo Climático de Paris". Scholz afirmou que 36 países já aderiram, incluindo "muitos representantes do Sul Global".
Os principais emissores - Brasil, China, Índia e Rússia - não estão, no entanto, presentes.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, juntou-se aos apelos para a eliminação progressiva do carvão e do gás, afirmando que "não podemos salvar um planeta em chamas com uma mangueira de incêndio de combustíveis fósseis".
Por sua vez, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, referiu que grandes promessas têm sido feitas há muitos anos, mas o seu cumprimento não tem sido assim tão grande até à data.
"A política climática está perto do ponto de rutura porque o fosso entre as promessas e o cumprimento está a minar a credibilidade", afirmou.
Sunak foi imediatamente alvo de críticas no Reino Unido por ter passado mais tempo a bordo do seu avião, emissor de gazes, do que no palco da cimeira.