Milhares de pessoas participaram numa manifestação em Potsdam contra a extrema-direita, na sequência de uma reunião onde foram discutidos planos para expulsar imigrantes do país.
Milhares de pessoas participaram numa manifestação no domingo em Potsdam, para protestar contra as atividades da extrema-direita na Alemanha.
A manifestação foi convocada depois das notícias que deram conta de reuniões na cidade entre grupos radicais e políticos da extrema-direita do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Os protestos contaram com a presença do chanceler alemão, Olaf Scholz, e da chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock. Também participaram a ministra do estado federal de Brandeburgo, a social-democrata Manja Schüle, bem como os líderes dos grupos parlamentares do Partido Socialista (SPD), da União Democrata Cristã (CDU), os Verdes e a Esquerda.
A organização "Correctiv", que se dedica ao jornalismo de investigação, revelou na quarta-feira passada que, em novembro de 2023, políticos da AfD participaram em Potsdam numa reunião organizada por figuras influentes da extrema-direita, na qual foram discutidos planos para expulsar milhões de estrangeiros do país.
No centro do evento esteve o austríaco Martin Sellner, considerado um dos líderes do Movimento Identitário da extrema-direita europeia, que apresentou um "plano diretor" para alcançar o que certas fações extremistas chamam de "remigração", ou seja, "limpeza étnica" de cidadãos estrangeiros.