Nova lei aprovada pelo parlamento italiano prevê sanções e multas de montantes avultados para aqueles que, em nome do ativismo climático, desfigurem ou danifiquem património cultural
O Governo de Roma aprovou uma lei, que entrou em vigor a 18 de janeiro, para travar o “eco-vandalismo”, ou seja, a destruição de edifícios ou monumentos em nome do ativismo pelo clima e preservação do meio ambiente.
Segundo o ministro da cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, citado pelas agências internacionais, a nova lei impõe multas até 60 mil euros e sanções penais, obrigando aqueles que "desfiguram ou danificam um monumento a compensar o Estado pelos custos de restauração incorridos".
"A proteção do ambiente e as alterações climáticas são questões centrais e cruciais do nosso tempo, mas temos de trabalhar seriamente e em conjunto para encontrar soluções. A destruição de um monumento apenas contribui para uma publicidade desnecessária nos meios de comunicação social", acrescentou Gennaro Sangiuliano.
A lei foi motivada sobretudo pelas ações do grupo de ativistas italiano Ultima Generazione - em português, "última geração" - que, ao longo dos últimos anos, tem organizado vários protestos em Roma e noutras cidades italianas. O movimento é conhecido por desfigurar edifícios e monumentos para chamar a atenção para a crise climática.