Morrer a tentar ganhar a vida: França é o país europeu com mais acidentes de trabalho

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A associação "Stop a la mort au travail" luta para quebrar o silêncio em torno dos acidentes do trabalho, um "massacre invisível".

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Em Saint-Colomban, Pierrick Duchêne, marido de Claudine, foi tragicamente esmagado por uma máquina durante o trabalho. Era suposto estar de férias, na semana entre o Natal e o Ano Novo, mas recebeu uma chamada de última hora para efetuar uma manutenção. Nunca mais regressou a casa. Claudine diz que há uma lei do silêncio sobre esta questão. "É suposto não se morrer no trabalho em França mas morrem duas pessoas por dia”, afirmou Claudine Duchêne.

Há apenas um inspetor para cada dez mil trabalhadores

Matthieu Lépine estuda as mortes no trabalho há cinco anos e publica regularmente informações sobre as mortes diárias resultantes de acidentes de trabalho nas redes sociais.

"Temos cada vez menos inspetores do trabalho. Hoje em dia, há um inspetor por cada 10 mil trabalhadores", disse Matthieu Lépine à Euronews.

Em Auchy les Mines, fálamos com Rémy Bellois, inspetor do trabalho, que visita lojas, estaleiros de construção e várias empresas para garantir o cumprimento das regras de segurança.

As sanções para as empresas "são relativamente leves"

O inspetor considera que "as sanções são relativamente leves. O custo de um acidente mortal, em termos penais, é de 10 mil euros por trabalhador, no máximo".

Frédéric Soulier conhece bem as trágicas realidades do mundo do trabalho. 

Em 2012, enquanto trabalhava como operador de acesso por corda num silo de açúcar, sobreviveu a um acidente em que dois dos seus colegas perderam a vida. 

"As pessoas trabalham para ganhar dinheiro, não é para perder a vida", declarou Frédéric Soulier, que ainda não ultrapassou o sofrimento causado pelo acidente e que continua a exigir justiça.

Para ver a nossa reportagem completa clique no vídeo acima.

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