O parlamento ucraniano apresentou um novo projeto de lei sobre a mobilização de soldados. Familiares das tropas ucranianas exigem redução do tempo de serviço na frente de batalha.
O parlamento ucraniano apresentou um novo projeto de lei sobre mobilização de soldados na terça-feira. O tema tem dividido o país quanto à necessidade de enviar mais tropas para a frente de batalha e dar algum alívio àqueles que lutam no terreno há 2 anos.
Embora os civis continuem a inscrever-se, os números estão longe daqueles observados nas fases iniciais da guerra, e os métodos de inscrição também têm provocado a indignação nas redes sociais.
Como a Ucrânia está prestes a entrar no terceiro ano de guerra, a população já se conformou com o facto de que o conflito está para durar.
Embora o apoio ao esforço de guerra e ao exército não esteja a diminuir entre a população, a duração e as condições de mobilização têm gerado um debate aceso.
As mulheres têm organizado manifestações em todo o país, pedindo novas regras sobre o tempo de serviço, para o qual atualmente não há limites definidos.
Na terça-feira, mobilizaram-se em Kiev, à frente do parlamento ucraniano, e exigiram que o limite proposto de 36 meses fosse reduzido para 18 meses para aqueles que lutam na linha de frente.
Em janeiro, o parlamento da Ucrânia descartou um projeto de lei de mobilização focado em levar mais tropas para a frente e que causou indignação por propor a redução da idade de recrutamento de 27 para 25 anos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, já veio defender são necessárias mudanças para melhorar os processos de mobilização e as condições para as tropas no terreno.
Mas resta ainda saber se o novo projeto de lei será suficiente para motivar mais civis a alistarem-se no exército, aumentando as chances de as tropas que estão há mais tempo na frente de batalha voltarem a casa.