Militares colombianos na reserva juntam-se às fileiras na Ucrânia por solidariedade mas também por questões económicas: recebem muito melhor se trabalharem para Kiev.
Militares da Colômbia responderam ao apelo feito pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e juntaram-se ao exército do país, reforçando a lista de combatentes estrangeiros ao serviço das forças de Kiev.
Checho, um reservista de 32 anos de Medellín atingido por drones kamikaze durante uma operação de resgate, teve de ser assistido no hospital. Está entre as centenas de veteranos colombianos que fizeram a viagem de dez mil quilómetros até à Ucrânia.
"Nós queremos igualdade. Queremos que os nossos irmãos ucranianos tenham a mesma liberdade que existe em outras partes do mundo, a liberdade de que desfrutamos na Colômbia", declarou.
O dinheiro é outra das razões que levam os militares colombianos a engrossar as fileiras do exército ucraniano. O salário base para quem combate na Ucrânia é 3.300 dólares, cerca de 3.000 euros, sendo que os soldados podem receber mais de 25 mil euros por lesões.
Se forem mortos no teatro de guerra, as suas famílias têm direito a uma compensação financeira num valor superior a 350 mil euros.
As tropas colombianos estão entre as mais tarimbadas do mundo, pela experiência que têm acumulado ao longo de décadas de combates contra cartéis de droga e grupos de rebeldes.
Os militares colombianos já aposentados começaram a aceitar missões no estrangeiro no início do século para trabalhar ao serviço do exército americano na proteção a poços de petróleo no Iraque.
Também já se juntaram à batalha no Iémen contra os rebeldes Houthi apoiados pelo Irão.