Chegaram aos milhares de vários pontos de Espanha para protestarem contra o aumento dos custos de produção, os requisitos ambientais da União europeia, a burocracia e as importações de produtos agrícolas de outros países. Na Puerta de Alcalá, houve bastonadas da polícia contra os manifestantes.
Milhares de agricultores e criadores de gado de diferentes zonas de Espanha partiram esta quarta-feira em direção a Madrid para se manifestarem contra a situação atual no setor. Há mais de duas semanas que estão em protesto contra aumento dos custos de produção, os requisitos ambientais da União europeia, a burocracia e as importações de produtos agrícolas de outros países.
Cinco colunas de 500 tratores, convocadas pelo quarto maior sindicato agrícola de Espanha (União dos Sindicatos), foram autorizadas a entrar no centro de Madrid, mas centenas ficaram para trás, o que provocou momentos de tensão na Puerta de Alcalá com bastonadas da polícia contra manifestantes que se dirigiam para o Congresso dos Deputados.
Todos os agricultores convocados pela União dos Sindicatos avançaram na direção do Ministério da Agricultura, com bandeiras de Espanha, e ao som de apitos e tambores, envergando o colete amarelo que os tem acompanhado nos protestos.
"O que está a acontecer agora está a ser visto em toda a Europa", disse Luis Cortés, coordenador da União dos Sindicatos.
O único incidente em vias de grande dimensão ocorreu na autoestrada A-42, entre Toledo e Madrid, cortada durante 25 minutos por um grupo de manifestantes em pé, depois de a Guardia Civil ter recusado a passagem de todos os tractores ali reunidos. Chegaram a registar-se confrontos físicos entre agricultores e elementos da Guarda Civil.
As manifestações estenderam-se também a locais como como Aragão, Málaga e Múrcia.