Há dois anos, Elena Koposova assinou uma carta aberta contra a invasão da Ucrânia.
Quando Elena Koposova, uma cidadã russa a viver na Sérvia, assinou uma carta aberta contra a invasão da Ucrânia, não esperava as consequências.
"Não sou ativista, mas assinei uma carta contra a guerra, em fevereiro de 2022, quando (...) a agressão russa à Ucrânia começou. Não podia ficar calada, por isso escrevi o meu nome na carta aberta, onde se dizia que a guerra é um crime e que temos de nos unir todos para travá-la", explica Elena.
Passaram dois anos, e agora Elena enfrenta uma batalha legal contra uma ordem de expulsão, depois de ter sido declarada uma ameaça para a segurança nacional da Sérvia e de lhe ter sido revogada a autorização de residência. As acusações deixam-na incrédula e apreensiva, porque não tem para onde ir.
"Não podemos ir para a Rússia. (...) Não posso pedir nenhum visto para entrar na maior parte dos países do mundo, só posso ir a países que permitem a visita de cidadãos russos sem visto", lamenta.
Os ativistas que acompanham o caso afirmam que Belgrado e Moscovo são politicamente muito próximos e que ambos os governos têm medo de revoluções.