Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio discute poluição dos oceanos provocada pelos plásticos. Economias em desenvolvimento insulares são quem sofre mais com as consequências.
A poluição do oceano causada por plásticos foi o foco das atenções na 13.ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (MC13), em Abu Dhabi.
Um debate crítico para pequenos estados insulares como Barbados e outras economias em desenvolvimento cuja subsistência está diretamente ligada aos oceanos.
"A poluição dos oceanos pelos plásticos conduz, frequentemente, à contaminação e à asfixia do delicadíssimo ecossistema dos recifes de coral", alerta Kerrie Symmonds, chefe da Diplomacia e Ministro do Comércio dos Barbados.
"Para além disso, há os perigos que resultam da morte ou destruição dos recifes de coral e desse ecossistema: a destruição das comunidades costeiras de baixa altitude e a redução das capacidades das pessoas que vivem nessas áreas de terem um meio de subsistência sustentável", acrescenta.
Em março de 2022, na 5ª sessão da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, foi adotada uma resolução histórica: acabar com a poluição plástica - uma maneira de reconhecer o grave problema ambiental em escala global.
A ONU estima que 19% das emissões de gases de efeito estufa virão do plástico até 2040.
Timor-Leste e Comores assinam acordos de adesão à OMC
Os ministros do Comércio aprovaram formalmente os termos de adesão das Comores e de Timor-Leste à Organização Mundial do Comércio numa cerimónia especial realizada durante a Conferência Ministerial da OMC. Os respetivos governos disseram que a cerimónia marcou um dia histórico para os países em desenvolvimento e um passo significativo para acelerar reformas económicas e políticas.
Os ministros do Comércio saudaram unanimemente ambos os acordos de adesão à OMC, que foram aprovados na cerimónia de abertura do MC13 com a presença do Presidente Azali Assoumani das Comores e do Presidente José Ramos-Horta de Timor-Leste.
No seu discurso aos ministros, a diretora-geral da OMC, a nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, prestou uma homenagem especial aos governos de ambos os países por "este feito histórico" e por terem cumprido um extenso programa de reformas internas para acelerar o crescimento económico, apesar das circunstâncias muito difíceis.