Bienal de Veneza abre ao público e espera o Papa - e há mão portuguesa no Pavilhão do Vaticano

Repórteres observam um trabalho da artista Corita Kent no interior da prisão feminina da ilha de Giudecca, durante a 60ª Bienal das Artes de Veneza em Itália,
Repórteres observam um trabalho da artista Corita Kent no interior da prisão feminina da ilha de Giudecca, durante a 60ª Bienal das Artes de Veneza em Itália, Direitos de autor Luca Bruno/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Pavilhão do Vaticano, que tem como comissário o cardeal português Tolentino de Mendonça, foi instalado na prisão feminina da Ilha de Giudecca. Papa Francisco marcará presença no dia 28 de abril. Certame começa este sábado e dura até 24 de novembro.

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O cardeal português Tolentino de Mendonça é o comissário do Pavilhão do Vaticano na edição de 2024 da Bienal de Veneza. O Pavilhão, sob o título "Com os meus olhos", foi instalado na prisão feminina da ilha de Giudecca. 

Tolentino de Mendonça explica que a escolha do local se deve à necessidade de compaixão pelos mais pobres, por aqueles que vivem em condições extremamente duras, como é o caso da reclusão. 

"Vivemos numa época marcada pelo domínio do digital e pelo triunfo das tecnologias de comunicação à distância, que propõem um olhar humano cada vez mais diferido e indireto, correndo o risco de se distanciar da própria realidade.", afirma Tolentino de Mendonça, citado pela Vatican News

"É isso que a experiência religiosa tem em comum com a experiência artística: nenhuma delas deixa de valorizar o envolvimento total do sujeito", complementa.

O papa Francisco visitará o evento no dia 28 de abril, num momento histórico que assinalará a primeira presença de um líder da Igreja Católica na Bienal de Veneza.

O artista italiano Maurizio Cattelan - normalmente conhecido pelo seu trabalho subversivo e humorístico - é o responsável mural que reveste o exterior da capela da prisão - um par de pés humanos. 

Mural na fachada da capela da prisão feminina de Veneza
Mural na fachada da capela da prisão feminina de VenezaAP Photo

Para além da fachada da capela, o espaço de exposições do Pavilhão do Vaticano em Veneza também exibe trabalhos no seu interior.

Estão expostos um olho iluminado, telas impressas, poemas e um filme de 15 minutos realizado pelo realizador Marco Perego, que se inspirou nos reclusos da capela.

A exposição termina na capela, com esculturas coloridas penduradas no teto.

Os organizadores afirmam que esta obra de arte liga a anterior função do edifício como convento barroco e o seu atual papel de servir mulheres presas.

A Bienal de Veneza começa este sábado e decorre até 24 de novembro.

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