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Na Hungria, uma nova oposição liderada por Péter Magyar desafia Viktor Orbán

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Nos últimos meses, um antigo dirigente do Fidesz mobiliza uma parte da população húngara desiludida com o atual regime.

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Péter Magyar começou a dar que falar na sequência de um escândalo relacionado com um perdão presidencial num caso de pedofilia. 

Nessa altura, demitiu-se do cargo de administrador público e abandonou o partido Fidesz, que descreveu como autoritário e corrupto. 

Desde então, Magyar fez uma série de revelações sobre o partido. A cada novo comício a sua fama aumentava. 

Em abril, reuniu quase 100 mil pessoas nas ruas de Budapeste.

Será um desafio para Magyar manter a popularidade.
O Fidesz vai fazer tudo para o desacreditar nas redes sociais.
Melani Barlai, cientista política húngara

O rosto de uma oposição política para além das clivagens

Magyar assume-se como o rosto de uma oposição política dinâmica que rejeita a divisão esquerda-direita.

Apesar de não dar grandes detalhes sobre o seu programa político, Magyar suscita entusiamo. 

De acordo com as sondagens, o seu novo partido Tisza (que significa respeito e liberdade), poderá obter entre 17 e 25% das intenções de voto nas eleições europeias.

"O que se passa hoje é demais para o povo húngaro... É demasiado para todo o país, do ponto de vista económico, político, jurídico e ético. É demasiado...", declarou Magyar em Debrecen, um bastião do Fidesz, onde reuniu vários milhares de pessoas.

Um futuro incerto para o Fidesz

As eleições europeias parecem ser apenas uma primeira etapa do processo de ascenção de Magyar que já está a pensar nas eleições legislativas de abril de 2026. 

Mas a montanha do Fidesz parece intransponível. 

A máquina política criada por Orbán foi concebida para favorecer o seu partido nas eleições. 

O Fidesz introduziu numerosas reformas que enfraquecem o Estado de direito no país, medidas que levaram a várias advertências da União Europeia e até ao congelamento parcial dos fundos europeus.

"Será um desafio para Magyar manter a popularidade ao longo do tempo. O Fidesz vai fazer tudo para o desacreditar nas redes sociais. E o Fidesz tem recursos ilimitados para o fazer", considera Melani Barlai, politóloga e cofundadora da Unhack Democracy, uma ONG que monitoriza os processos eleitorais na Europa.

As eleições europeias decorrem a 9 de junho. Os eleitores vão escolher os 21 eurodeputados húngaros que terão assento no Parlamento Europeu. 

No mesmo dia, decorrem também as eleições autárquicas na Hungria, um primeiro passo a nível nacional neste novo contexto de oposição.

clique no vídeo acima para ver a reportagem completa.

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