Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão garante que, "com base nas regras internacionais, tomará medidas sérias e dissuasoras para punir o agressor". Declarações aumentam receios de que possível retaliação iraniana leve a um conflito mais vasto na região.
O Irão promete responder com "poder e determinação" ao assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, na semana passada.
"A República Islâmica do Irão, no uso do seu direito intrínseco, com base nas regras e regulamentos internacionais, vai definitivamente tomar medidas sérias e dissuasoras para garantir a sua segurança e punir o agressor, com poder, determinação e dureza.", afirmou o Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.
As autoridades iranianas atribuem a morte de Haniyeh a Israel, embora as autoridades israelitas não tenham reivindicado qualquer ofensiva contra o ex-líder político do Hamas, aumentando os receios de um ataque de retaliação que poderia desencadear uma guerra mais vasta na região.
Hamas: Haniyeh foi morto por míssil ou rocket
Entretanto, um representante do Hamas no Irão forneceu mais informações sobre a morte de Haniyeh, adiantando que ele foi morto quando o edifício em que se encontrava, na capital iraniana, foi atingido por um rocket ou míssil.
A Guarda Revolucionária do Irão acusou os Estados Unidos de realizarem o ataque em conjunto com Israel.
Hezbollah ataca Israel
O grupo libanês Hezbollah afirma ter lançado um ataque com drones no norte de Israel que, segundo o exército israelita, feriu dois soldados.
O ataque não parece, no entanto, fazer parte de uma retaliação em larga escala aguardada pelo Irão.
Entretanto, cresce a preocupação com a possibilidade de grupos apoiados pelo Irão atacarem interesses israelitas na Grécia.
A missão do Irão junto das Nações Unidas referiu que o Hezbollah visaria civis israelitas nos próximos ataques, mas apenas em território israelita. No entanto, os grupos com apoio de Teerão têm visado com frequência locais judaicos na diáspora.