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Irão rejeita apelo dos líderes europeus para não retaliar pelo assassinato do líder do Hamas

O recém-eleito Presidente Masoud Pezeshkian chega para a cerimónia de tomada de posse no Parlamento em Teerão, no Irão, na terça-feira, 30 de fevereiro de 2024.
O recém-eleito Presidente Masoud Pezeshkian chega para a cerimónia de tomada de posse no Parlamento em Teerão, no Irão, na terça-feira, 30 de fevereiro de 2024. Direitos de autor Vahid Salemi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Vahid Salemi/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De  Euronews com AP
Publicado a Últimas notícias
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Presidente iraniano disse ao primeiro-ministro britânico que retaliação pelo assassinato de Ismail Haniyeh em Teerão seria "uma solução para acabar com os crimes e a agressão".

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Teerão rejeitou o apelo dos três países europeus - França, Reino Unido e Alemanha - que lhe pediram para se abster de qualquer ataque de retaliação contra Israel, uma vez que tal decisão iria agravar ainda mais as tensões regionais.

Masoud Pezeshkian, recém empossado presidente do Irão, disse a Keir Starmer, primeiro-ministro britânico, numa conversa telefónica, que o regime de Teerão considera que a retaliação contra Israel é um direito e uma forma de desencorajar futuras agressões. "É um direito das nações e uma solução para pôr termo a crimes e agressões", afirmou, segundo avança a agência noticiosa estatal IRNA.

Pezeshkian põe também o Ocidente em cheque, afirmando que o seu silêncio sobre o "crime desumano sem precedentes em Gaza", bem como sobre os ataques israelitas noutros locais do Médio Oriente foi "irresponsável" e encorajou Israel.

Também o ministro nos Negócios Estrangeiros do Irão, Ali Bagheri, falou esta terça-feira ao telefone com o seu homólogo italiano, Antonio Tajani, onde reforçou o direito do Irão de tomar medidas recíprocas contra o regime ocupante.

"Falta de lógica política"

O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanaani, também respondeu à declaração dos três países reforçando que o Irão está "firme e resoluto no exercício do seu direito de proteger a sua segurança nacional e integridade territorial" e que não tem de pedir "autorização a nenhuma parte externa."

Na mesma declaração à imprensa, Kanaani acrescentou que estas exigências feitas pelos países europeus "carecem de lógica política, são totalmente contrárias aos princípios e regras do direito internacional e representam um pedido excessivo", afirmou Nasser Kanaani.

Reforçou ainda a acusação do presidente do Irão, dizendo que a posição do trio europeu reflete um apoio público aos crimes da entidade sionista e ao terrorismo regional.

"Se o trio europeu pretende verdadeiramente promover a paz na região, deve, no mínimo, condenar as ações da entidade sionista e as suas atividades genocidas em Gaza", acrescentou.

Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Nasser Kanaani fala em Teerão,  11 de agosto de 2022
Porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Nasser Kanaani fala em Teerão, 11 de agosto de 2022AP/AP

Declaração conjunta sobre o Médio Oriente

O presidente francês Emmanuel Macron, o chanceler alemão Olaf Scholz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer emitiram uma declaração conjunta na segunda-feira, a apelar à contenção do Irão e a apoiar o último esforço dos mediadores Qatar, Egipto e EUA sobre um acordo para acabar com a guerra Israel-Hamas.

Os mediadores passaram meses a tentar que as partes concordassem com um plano trifásico em que o Hamas libertaria os restantes reféns capturados no seu ataque de 7 de outubro em troca de palestinianos presos por Israel e em que Israel se retiraria de Gaza.

Os líderes europeus apelaram também ao regresso de muitos reféns detidos pelo Hamas e à entrega "sem restrições" de ajuda humanitária.

Israel nunca confirmou, nem negou, o seu papel no assassinato do líder do Hamas, mas já tinha prometido matar Ismail Haniyeh, bem como outros líderes do Hamas, por causa do ataque do grupo ao sul de Israel a 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.

Espera-se que as conversações sejam retomadas na quinta-feira.

Após mais de 10 meses de combates, o número de mortos palestinianos em Gaza aproxima-se dos 40.000, segundo o Ministério da Saúde.

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