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Incêndios na Grécia: “Os bombeiros viram que tinha entrado em casa e seguiram-me. Salvei o que pude"

Incêndio na Grécia: “Os bombeiros viram que eu tinha entrado em casa e seguiram-me. Salvei o que pude”
Incêndio na Grécia: “Os bombeiros viram que eu tinha entrado em casa e seguiram-me. Salvei o que pude” Direitos de autor Δουλγκέρη
Direitos de autor Δουλγκέρη
De  Foteini DoulgkeriEuronews
Publicado a Últimas notícias
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Em entrevista à Euronews, vários residentes gregos relataram como têm vivido os últimos dias, na sequência do incêndio que começou no domingo, nos arredores de Atenas.

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Dois dias depois de um incêndio de grandes dimensões ter deflagrado nos arredores da capital Atenas, na Grécia, os bombeiros continuam a lutar para combater as chamas em vários locais.  

Algumas zonas continuam sem água e eletricidade, uma vez que os danos nas infraestruturas são consideráveis. Uma das cidades particularmente afetadas é Varnavas, onde o incêndio começou no domingo. 

"Entrei sozinho e quando os bombeiros viram que eu tinha entrado em casa seguiram-me. Salvei o que pude. Disseram-nos que a eletricidade vai voltar dentro de um mês e não sabemos nada sobre a água", disse um residente grego, cuja casa foi danificada pelas chamas.

Os especialistas alertam agora para o facto do risco de desertificação de Ática ser "enorme", uma vez que se estima que 40% da floresta circundante se tenha perdido nos últimos anos devido aos incêndios.

Os residentes de várias áreas de Ática viveram momentos dramáticos nas últimas 24 horas. Enquanto uns lutaram contra as chamas para salvar as suas casas, outros regressaram às suas habitações, esta terça-feira, após a ausência, para pecerber o que aconteceu aos seus bens.  

“Os nossos vizinhos que vivem do outro lado da rua telefonaram-nos e vieram bater à nossa porta às 5h15 da manhã, disseram-nos que vinha aí um grande incêndio e que tínhamos de ir embora. Fomos a correr, juntámos alguns passaportes e algum dinheiro, metemo-nos nos carros e conduzimos pelas ruas, sem saber para onde ir. É uma experiência assustadora, claro, e é traumático ver o que está a acontecer aos nossos vizinhos, às suas propriedades e à bela montanha em que vivemos. É muito triste”, explicou um residente grego, que foi obrigado a abandonar a sua habitação.  

As chamas atingiram a zona residencial, depois de atravessarem uma área florestal de cerca de 20 quilómetros.  No subúrbio de Vrilisia, o fogo surgiu a partir de três frentes diferentes.  

''A floresta tinha sido limpa de vegetação rasteira e também tinha sido feita uma poda na parte superior dos pinheiros para não haver todo este material inflamável, e para o fogo não se espalhar de uma forma que criaria consequências muito graves', explicou o presidente da câmara municipal, Giannis Pisimisis.  

Muitas casas fircaram completamente destruídas em Nea Penteli, devido à intensidade das chamas. Um ginásio e uma escola ficaram também fortemente danificados.  

Aquele que é já considerado o pior incêndio florestal do ano na Grécia abrandou, esta terça-feira, devido aos ventos mais fracos.

Uma mulher foi encontrada sem vida dentro de uma loja em Vrilissia, na segunda-feira, e pelo menos 15 pessoas ficaram feridas nos incêndios, até então, segundo as autoridades locais.

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