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Calor extremo e seca comprometem produção de azeite em Itália

Calor extremo e seca comprometem produção de azeite em Itália
Calor extremo e seca comprometem produção de azeite em Itália Direitos de autor MUHAMMED MUHEISEN/AP
Direitos de autor MUHAMMED MUHEISEN/AP
De  Luca Palamara
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A região de Puglia, que está a ser fortemente afetada pela seca, é responsável por cerca de 50% da produção de azeite em Itália.

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A produção de azeite, um dos ingredientes mais utilizados na dieta mediterrânica, encontra-se comprometida em Itália, este ano, devido à escassez de água provocada pelo calor extremo.  

A região de Puglia, no sul de Itália, é responsável por cerca de 50% da produção nacional de azeite, mas a seca tem-se feito sentir fortemente nesta região, o que afetou a indústria.  

Pietro Leone, que gere uma empresa agrícola na província de Foggia com cerca de 100 hectares plantados com oliveiras, é um dos agricultores que foi diretamente afetado por esta situação, uma vez que a baixa pluviosidade afetou seriamente a produção de azeitona. E espera que a próxima colheita, no mês de novembro, seja ainda mais fraca.  

“Este ano a produção é fraca, é muito menor do que a do ano passado porque tivemos o stress hídrico que temos vindo a sentir há alguns anos. E depois tivemos dois dias horríveis durante a floração, em que várias variedades não vingaram. Este ano temos menos 50% a 80% de produção”, disse Pietro Leone à Euronews.  

A barragem de Capaccio, a mais próxima da cidade de Foggia, fornece água a toda a província para fins industriais, de irrigação e de consumo, e é alimentada por um riacho que transporta água da chuva para o reservatório. No entanto, atualmente, a barragem está praticamente vazia, contendo apenas 2 milhões e meio de metros cúbicos de água, comparando com os habituais 17 milhões de metros cúbicos.  

A pouca quantidade de água que se encontra na barragem de Capaccio, este ano, ainda provém de 2023. Três outras barragens da província de Foggia estão a metade da capacidade.  

“Em vez dos 300 milhões de metros cúbicos disponíveis nos quatro reservatórios, temos metade, ou seja, 150 milhões de metros cúbicos. Foi assim que fizemos metade de uma época de irrigação, sendo que depois tivemos de parar para manter nove meses de autonomia para a água potável”, afirmou Giuseppe De Filippo, da Associação para a Reclamção de Terras de Apúlia, em entrevista à Euronews.  

“Os números e as percentagens são preocupantes, mas tornam-se chocantes quando traduzidos em imagens", diz. "Aqui podemos compreender que significa a palavra seca”, acrescenta o responsável.

Os baixos níveis de água deste reservatório artificial comprometem a sobrevivência das oliveiras, que embora precisem de menos água do que a maioria das plantas, não têm capacidade para enfrentar temperaturas acima dos 40 graus durante 50 dias consecutivos.  

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