Tropas israelitas atacaram um grupo de civis que estavam à entrada da escola al-Fakhoora, gerida pela UNRWA, no campo de refugiados de Jabalia. Campanha de vacinação contra a Poliomielite continua no território.
Pelo menos oito pessoas morreram depois de um ataque israelita que visou o campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza.
As tropas do país apanharam um grupo de civis que estavam à entrada da escola de al- Fakhoora, geriada pela UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina), que atualmente era abrigo para vários palestinianos, segundo explica a Al Jazerera.
O número de vítimas mortais poderá ainda aumentar. Várias pessoas ficaram feridas, tendo sido encaminhadas para o hospital Kamal Adwan.
Números que fazem aumentar ainda mais o balanço geral de mortos no enclave palestiniano. De acordo com as autoridades locais, contam-se, pelo menos, 40 819 palestinianos mortos e 94 291 feridos nos ataques israelitas a Gaza desde 7 de outubro. O número de mortos inclui 33 palestinianos mortos nas últimas 24 horas.
Campanha de vacinação contra Poliomielite continua
No território continuam os esforços internacionais que sustentam a campanha de vacinação contra a Poliomielite em crianças, que entra esta terça-feira no terceiro dia.
Os profissionais de saúde criaram centros de vacinação móveis na esperança de evitar um surto mais alargado da doença, depois de esta ter sido detetada numa criança.
De acordo com os números da Organização Mundial de Saúde, a campanha e curso tem sido um sucesso, com cerca de 161 mil crianças já vacinadas.
Na rede social X, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu a “todas as partes para que continuem a respeitar as pausas humanitárias”, garantindo que as “equipas estão empenhadas em garantir que nenhuma criança deixe de ser vacinada, apesar das deslocações em curso”.
Israel condena Reino Unido por suspensão de fornecimento de armas
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, considerou “vergonhosa” a decisão do Reino Unido de suspender o fornecimento de algumas armas a Israel.
“Em vez de estar ao lado de Israel, uma democracia que se defende contra a barbárie, a decisão errada da Grã-Bretanha só vai encorajar o Hamas”, afirmou o primeiro-ministro israelita numa publicação na rede social X.
O governo do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou na segunda-feira que está a suspender as exportações de algumas armas para Israel porque podem ser usadas para violar o direito internacional - uma medida com impacto militar limitado, destinada a aumentar a pressão dos aliados frustrados de Israel para pôr fim à guerra em Gaza.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, David Lammy, afirmou que o governo britânico concluiu que existe um “risco claro” de que alguns artigos possam ser utilizados para “cometer ou facilitar uma violação grave do direito humanitário internacional”.
David Lammy explicou que a decisão diz respeito a cerca de 30 das 350 licenças de exportação existentes para equipamento, “que avaliamos ser para utilização no atual conflito em Gaza”, incluindo peças para aviões militares, helicópteros e drones, juntamente com artigos utilizados para a definição de alvos terrestres.
A decisão não foi “uma determinação de inocência ou culpa” sobre se Israel tinha violado o direito internacional e não se tratou de um embargo de armas, afirmou.
Os EUA são o maior fornecedor de armas a Israel sendo que as vendas de armas do Reino Unido representam 1% das importações de defesa do país.