Os protestos, que se realizaram na sequência da greve, terminaram esta segunda-feira, depois de um tribunal do trabalho ter aceite uma petição que indicava que a greve tinha motivações políticas.
Milhares de pessoas fizeram greve em Israel e saíram à rua num protesto, que começou no domingo à noite, para pressionar o governo a assinar um acordo de cessar-fogo para a libertação dos reféns em Gaza.
A greve aconteceu após seis reféns israelitas terem sido encontrados mortos em Gaza. De acordo a imprensa israelita, as autópsias aos corpos dos reféns revelam que estes foram baleados na cabeça.
Pelo menos 20 detidos nos protestos
Na noite de domingo para segunda-feira, pelo menos 20 pessoas foram detidas nos protestos, que defendem que a morte destes reféns poderia ter sido evitada se tivesse havido uma melhor gestão do conflito por parte do governo de Benjamin Netanyahu.
A greve levou ao encerramento de edifícios de setores importantes da economia, incluindo o aeroporto internacional de Israel. No entanto, esta greve foi ignorada em algumas zonas do país, incluindo em Jerusalém, o que reflete as profundas divisões políticas no país.
Um tribunal do trabalho decidiu que a greve deveria terminar até às 14h30 locais desta segunda-feira, depois de ter aceite uma petição do governo que argumentava que a mesma tinha motivações políticas. O chefe do Histadrut, o maior sindicato de Israel, disse que iria acatar a decisão e deu instruções às pessoas para regressarem ao trabalho.
Também o chefe da diplomacia israelita garantiu que o país vai responder com “força-total” à morte dos reféns, o que compromete, ainda mais, a concretização de um cessar-fogo.
Mais de 100 israelitas continuam sob sequestro em Gaza, apesar de não ser possível confirmar o número de reféns que estão vivos. O ataque de 7 de outubro contra Israel desencadeou a guerra mortal que, até então, matou mais de 40.000 palestinianos.