Rebecca Cheptegei, de 33 anos, participou na maratona feminina nos Jogos Olímpicos de Paris.
A atleta olímpica ugandesa Rebecca Cheptegei morreu depois de ter sido vítima de um ataque, pelo companheiro, no qual ficou com cerca de 80% do corpo queimado.
Segundo um porta-voz do hospital, a maratonista estava totalmente sedada quando deu entrada no hospital da cidade de Eldoret, e morreu após a falência dos órgãos.
Cheptegei competiu na maratona feminina dos Jogos Olímpicos de Paris e terminou a prova em 44º lugar.
De acordo com as autoridades, o companheiro de Cheptegei, Dickson Ndiema, comprou uma lata de gasolina, derramou-a sobre a atleta e ateou-lhe fogo durante um desentendimento no domingo.
Ndiema também ficou queimado durante o ataque e estava a ser tratado na unidade de cuidados intensivos do mesmo hospital. O agressor tem queimaduras em 30% do corpo, mas estava "a melhorar e estável".
Os pais de Cheptegei disseram que a filha comprou um terreno em Trans Nzoia para ficar perto dos centros de treino. Num relatório apresentado pelas autoridades locais, consta que foi ouvida uma discussão entre ambos sobre o terreno onde a sua casa foi construída antes do ataque.
A Federação de Atletismo do Uganda declarou estar "profundamente triste" com o falecimento de Cheptegei, "que foi tragicamente vítima de violência doméstica".
O presidente do Comité Olímpico do Uganda, Donald Rukare, considerou o ataque "um ato de cobardia e sem sentido, que levou à perda de um grande atleta".
Em 2023, o corredor olímpico ugandês Benjamin Kiplagat foi encontrado morto com ferimentos de faca. Em 2022, a atleta do Bahrein, nascida no Quénia, Damaris Muthee, foi vítima de estrangulamento. Em 2021, a maratonista Agnes Tirop foi esfaqueada até à morte em sua casa. O seu marido, Ibrahim Rotich, foi detido e acusado de homicídio, estando o processo em curso.