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Polónia apela ao fim dos benefícios da UE aos homens ucranianos em idade de combater

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriiy Sybiha, à esquerda, fala com o Ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radek Sikorski, na Cimeira da Estratégia Europeia de Ialta, em Kiev, Ucrânia, 13.9.24
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andriiy Sybiha, à esquerda, fala com o Ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Radek Sikorski, na Cimeira da Estratégia Europeia de Ialta, em Kiev, Ucrânia, 13.9.24 Direitos de autor Efrem Lukatsky/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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De  Emma De Ruiter com AP
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Artigo publicado originalmente em inglês

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia indicou que estes benefícios incentivam a “fuga ao recrutamento” e que o dinheiro deveria ser gasto noutros locais para ajudar os esforços de guerra ucranianos.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radosław Sikorski, instou os governos da União Europeia a deixarem de prestar apoio social aos homens ucranianos em idade de combater que se encontram refugiados nos seus países.

Durante a Estratégia Europeia de Ialta (YES), realizada a 13 e 14 de setembro, em Kiev, Sikorski afirmou que, para "ajudar o esforço de guerra da Ucrânia", não deveria haver "incentivos financeiros para evitar o recrutamento na Ucrânia".

Sikorski recorreu ao argumento de drones russos estarem a entrar no espaço aéreo da NATO para que os países da UE deixem de pagar os benefícios da segurança social ao homens ucranianos em idade de combater.

Violações do espaço aéreo na Letónia e na Roménia

No passado dia 8 de setembro, dois países membros da NATO indicaram que drones russos tinham entrado no seu espaço aéreo. Um deles terá voado por cima da Roménia, durante os ataques noturnos à vizinha Ucrânia, enquanto o outro se despenhou no leste da Letónia.

"Um drone entrou em território romeno quando Moscovo atacou alvos civis e infraestruturas portuárias do outro lado do Danúbio, na Ucrânia", informou o ministério da Defesa Nacional da Roménia.

O ministério acrescentou, ainda, que Bucareste tinha destacado aviões de guerra F-16 para monitorizar o seu espaço aéreo e emitiu alertas de perigo para os residentes de duas regiões orientais.

Também o ministro da Defesa da Letónia, Andris Sprūds, disse que um drone russo tinha caído perto da cidade de Rezekne, no dia anterior, e que, provavelmente, se tinha desviado da vizinha Bielorrússia para a Letónia.

Rezekne, com mais de 25.000 habitantes, localiza-se a 55 quilómetros da Rússia e a cerca de 75 quilómetros da Bielorrússia, um aliado próximo e dependente do Kremlin.

Sikorski afirmou que o dinheiro poderia ser gasto na prevenção destas violações do espaço aéreo, o que ajudaria tanto a Ucrânia como a Europa. "Como sabem, uma parte significativa dos mísseis e drones russos desaparece", afirmou. "Os russos perdem o controlo sobre eles. Como já foi dito, até os bielorrussos estão a ter de os abater".

Riscos nucleares

O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros também abordou a possibilidade de drones russos atingirem as centrais nucleares ucranianas. "Sabemos o que acontece quando uma central nuclear explode na Ucrânia. Toda a Europa tem um problema. Por isso, digo que podemos ajudar a Ucrânia reforçando a proteção das centrais nucleares ucranianas contra ataques aéreos".

A central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, é a maior central nuclear da Europa e já esteve sob a ameaça de ataques russos.

Durante uma visita à central nuclear no início deste mês, o diretor do organismo de vigilância nuclear das Nações Unidas, Rafael Mariano Grossi, descreveu a situação na central como "muito frágil".

A central de Zaporíjia, que passou a estar sob controlo russo na sequência da invasão em grande escala, foi alvo de bombardeamentos de artilharia na zona onde foi danificado o acesso à energia da central, segundo o operador Energoatom, que culpou a Rússia pelos ataques.

Os analistas afirmam que uma explosão na central de Zaporíjia produziria radiação e provavelmente desencadearia o pânico, mas o risco de radiação para além da área imediata da explosão seria relativamente baixo e não teria a dimensão do desastre de Chernobyl em 1986.

Sikorski afirmou que o fim da ajuda financeira aos homens ucranianos pouparia a nações como a Alemanha e os Países Baixos "dezenas de milhares de milhões de euros", se estas decidissem gastá-los noutros locais. "Não é um direito humano ser pago para evitar o recrutamento, para defender o seu país", referiu.

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A Rússia continua a ter uma grande vantagem sobre a Ucrânia, tanto em termos de soldados como de armas. No início deste ano, a Ucrânia já implementou medidas que incluíam a redução da idade de convocação para o serviço de combate de 27 para 25 anos, a fim de aumentar o ritmo de mobilização para o exército.

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