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Países do Báltico querem fundos da UE para reforçar a fronteira com a Rússia

ARQUIVO - Soldados lituanos perto da fronteira polaca na aldeia de Dirmiskes, na Lituânia, na sexta-feira, 26 de abril de 2024.
ARQUIVO - Soldados lituanos perto da fronteira polaca na aldeia de Dirmiskes, na Lituânia, na sexta-feira, 26 de abril de 2024. Direitos de autor  Mindaugas Kulbis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Mindaugas Kulbis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Daniel Bellamy com AP
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A Estónia, a Letónia, a Lituânia e a Polónia vão procurar obter financiamento da UE para construir uma rede de bunkers, barreiras, linhas de distribuição e armazéns militares ao longo das suas fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia, informou a Estónia.

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Os três países bálticos, todos membros da NATO, anunciaram inicialmente o plano para uma "Linha de Defesa do Báltico" em janeiro. Em maio, a Polónia anunciou um projeto semelhante, denominado "Escudo Oriental", com o objetivo de reforçar as suas fronteiras com o enclave russo de Kaliningrado e com a Bielorrússia.

"A necessidade de uma linha de defesa (do Báltico) decorre da situação de segurança e apoia o novo conceito de defesa avançada da NATO", afirmou o Ministro da Defesa da Estónia, Hanno Pevkur, em comunicado, acrescentando que "é extremamente importante coordenar as nossas atividades com a Polónia".

"Ao mesmo tempo, reforça a segurança da União Europeia e a defesa militar das suas fronteiras, e é por isso que vemos claramente que a UE também pode apoiar financeiramente o projeto", acrescentou.

Os ministros da defesa dos quatro países europeus situados no flanco oriental da NATO reuniram-se na cidade de Daugavpils, no sudeste da Letónia, na sexta-feira, para discutir o financiamento do projeto.

Os ministros não especificaram o montante da ajuda financeira que pretendem obter de Bruxelas para o projeto, mas referiram numa declaração conjunta que "a guerra da Rússia contra a Ucrânia demonstrou que a criação de obstáculos físicos num terreno aberto sem cobertura defensiva natural é fundamental, mesmo numa guerra tecnologicamente avançada".

Os ministros afirmaram que as ameaças externas na fronteira entre o Báltico e a Polónia estão a aumentar e que o reforço das fortificações ao longo da fronteira com a Rússia e a Bielorrússia "continua a ser uma prioridade elevada, contribuindo para o nosso compromisso de defender cada centímetro do território (da NATO)".

A linha de defesa exclui as defesas costeiras no Mar Báltico, que é partilhado pelos quatro países.

Na Estónia, o mais pequeno dos quatro países, com uma população de 1,3 milhões de habitantes, o estabelecimento da linha de defesa fronteiriça está planeado em três fases, com início em 2025, segundo o Ministério da Defesa.

No início deste ano, as autoridades de Tallinn afirmaram que a Estónia vai construir até 600 bunkers ao longo dos 333 quilómetros de fronteira com a Rússia nos próximos anos, com um custo estimado de 60 milhões de euros. No entanto, é provável que o projeto enfrente dificuldades e atrasos porque os bunkers terão de ser construídos em terrenos privados.

A Polónia prevê que a linha de defesa esteja operacional em 2028, com um custo de cerca de 2,3 mil milhões de euros, enquanto o custo na Lituânia deverá atingir os 300 milhões de euros.

Segundo os responsáveis pela defesa da Estónia, em tempo de paz, não serão colocadas minas, arame farpado, armas anti-tanque ou outros dispositivos do género ao longo das fortificações fronteiriças.

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