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"No Meloni Day": estudantes entram em confrontos com a polícia em Turim, 15 agentes feridos

A primeira-ministra Giorgia Meloni fala aos meios de comunicação social à sua chegada à Cimeira da UE na Arena Puskas em Budapeste, Hungria, a 8 de novembro de 2024.
A primeira-ministra Giorgia Meloni fala aos meios de comunicação social à sua chegada à Cimeira da UE na Arena Puskas em Budapeste, Hungria, a 8 de novembro de 2024. Direitos de autor  Petr David Josek/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Petr David Josek/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Filippo Gozzo
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Polícia foi atingida por um dispositivo de apedrejamento de fabrico caseiro em Turim, num dia de manifestações por toda a Itália contra as políticas para a Educação da primeira-ministra, batizado como o "No Meloni Day".

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Esta sexta-feira ficou marcada por confrontos em Turim, Itália, onde mais de 200 estudantes se manifestaram no "No Meloni day", um protesto organizado contra as políticas para a Educação do governo da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni.

Parte dos manifestantes furou um cordão policial e entrou em confrontos com a polícia em frente à Câmara Municipal de Turim. Os estudantes lançaram um engenho artesanal de apedrejamento contra a polícia e 15 agentes tiveram de ser assistidos. Um grupo de manifestantes incendiou também um boneco representando o ministro da Educação italiano, Giuseppe Valditara.

Os estudantes exibiram ainda cartazes contra o governo, com o slogan "contra o governo da guerra, dos cortes e das reformas universitárias", referindo-se às políticas do executivo e ao conflito em Gaza, que apelidaram de "genocídio do povo palestiniano".

Foram também cometidos atos de vandalismo no Museu Nacional do Cinema, na Mole Antonelliana. "A bandeira italiana foi arrancada, algumas paredes foram desfiguradas e o pessoal do museu foi alvo de violência. Sem prejuízo do direito de testemunhar a dor daqueles que sofreram e sofrem, condenamos firmemente ações como estas", salientaram em comunicado Enzo Ghigo e Carlo Chatrian, respetivamente presidente e diretor do Museu Nacional do Cinema.

Reações dos responsáveis políticos

"Espero que alguns políticos deixem de proteger ou justificar esta violência e se unam, sem ambiguidades, na condenação de episódios tão graves e indignos",afirmou a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni no X.

"Ainda hoje assistimos a cenas inaceitáveis de violência e caos nalgumas praças, por parte dos arruaceiros habituais. Vários agentes da autoridade foram parar às urgências devido a engenhos e confrontos. A minha total solidariedade vai para todos os agentes feridos, desejando-lhes uma rápida recuperação", acrescentou Meloni.

A secretária do Partido Democrático , Elly Schlein, comentou os confrontos e manifestou o seu apoio à polícia. "Em nome de todo o Partido Democrático, expresso a minha solidariedade para com os polícias feridos por um engenho artesanal em Turim. O direito de protesto, de manifestação e de greve não pode e nunca deve ser confundido com agressão violenta contra quem quer que seja. A violência é intolerável, assim como a instrumentalização política da violência, que ninguém, sobretudo quem tem responsabilidades governativas, deve fazer".

"Valditara de cabeça para baixo, gritavam sob o Ministério. E seriam estes os interlocutores democráticos? A escola italiana não precisa de réplicas dos extremistas dos anos 70", comentou no X o ministro da Educação.

Protestos também em Bolonha e Milão

Foi também organizada uma manifestação estudantil em Bolonha, onde os estudantes queimaram o texto da legislação do sector da educação proposto pelo ministro Giuseppe Valditara. Mas os cartazes e slogans também visavam Meloni e o ministro do Interior, Matteo Piantedosi.

Em Milão, os manifestantes desfiguraram retratos de Meloni, Valditara e outros governantes, salpicando-os com tinta vermelha para simbolizar sangue.

Os estudantes desfilaram cantando “contra a escola dos patrões, dez centenas de milhar de ocupações” e “Somos todos anti-fascistas”.

Também foram agitadas bandeiras palestinianas e foi exibida uma fotografia de Meloni com o slogan “cúmplice de genocídio”.

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