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Coreia do Norte vai enviar mais militares e armas para ajudar a Rússia na guerra contra a Ucrânia

Soldados e civis norte-coreanos visitam um cemitério para veteranos da Guerra da Coreia na quinta-feira, 25 de julho de 2013, em Pyongyang, Coreia do Norte
Soldados e civis norte-coreanos visitam um cemitério para veteranos da Guerra da Coreia na quinta-feira, 25 de julho de 2013, em Pyongyang, Coreia do Norte Direitos de autor  David Guttenfelder/AP
Direitos de autor David Guttenfelder/AP
De Sasha Vakulina
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A Coreia do Norte está a preparar-se para enviar mais tropas e armas, incluindo drones kamikaze, para ajudar a Rússia na guerra em grande escala contra a Ucrânia. Estima-se que o número de baixas norte-coreanas em Kiev ronde já as 1.100, segundo Seul.

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O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul acredita que Pyongyang está a planear enviar apoio militar adicional à Rússia para ajudar na invasão em grande escala de Moscovo contra a Ucrânia, informou a agência noticiosa Yonhap esta segunda-feira.

Os reforços poderão incluir militares e armas adicionais, incluindo drones kamikaze.

"Uma avaliação abrangente de múltiplas informações mostra que a Coreia do Norte está a preparar-se para rodar ou aumentar o destacamento de tropas (na Rússia), fornecendo atualmente lançadores de foguetes de 240 mm e artilharia autopropulsada de 170 mm", afirmou o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.

Fonte essa que informou ainda que os drones kamikaze são um dos objetivos que têm merecido maior atenção por parte do líder norte-coreano Kim Jong-un. Foram amplamente utilizados na guerra da Rússia na Ucrânia, e Kim ordenou a produção em massa de armas aéreas e uma atualização da teoria e da educação militar, citando a intensificação da concorrência global, informou a imprensa estatal.

"Há também alguns sinais de que (o Norte) está a começar a fabricar e a fornecer drones kamikaze, revelados pela primeira vez durante a inspeção de Kim Jong-un no local, em novembro", revelou o Estado-Maior da Coreia do Sul, atribuindo a mudança aos esforços do Norte para ganhar experiência prática de guerra e modernizar o seu sistema de armas convencionais.

Kiev, Washington e Seul disseram que há cerca de 12.000 soldados norte-coreanos na Rússia.

O Estado-Maior Conjunto afirmou que, desse valor, pelo menos 1.100 tinham sido mortos ou feridos, em consonância com a informação divulgada, na semana passada, pela agência de espionagem da Coreia do Sul, que referiu cerca de 100 mortos e outros 1.000 feridos na região russa de Kursk.

Soldados norte-coreanos recebem identificações militares russas falsas

Segundo Kiev, os soldados norte-coreanos que lutam pela Rússia receberam bilhetes de identidade militares falsos com nomes e locais de nascimento russos.

As Forças de Operações Especiais da Ucrânia emitiram uma declaração e fotografias dos documentos apreendidos depois de três soldados norte-coreanos terem sido alegadamente mortos na região de Kursk durante o fim de semana.

Alegadamente um bilhete de identidade militar de um soldado norte-coreano apreendido pelas forças da Ucrânia
Alegadamente um bilhete de identidade militar de um soldado norte-coreano apreendido pelas forças da Ucrânia Forças de Operações Especiais da Ucrânia no Telegram

Os seus documentos de identificação militar "carecem de todos os carimbos e fotografias, os nomes patronímicos são indicados à maneira russa e o local de nascimento está assinado como sendo a República de Tuva", refere o comunicado, referindo-se a uma região russa no sul da Sibéria que faz fronteira com a Mongólia.

No entanto, as assinaturas nos documentos estão em coreano, o que "indica a verdadeira origem destes soldados", acrescentou o comunicado.

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