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UE, EUA e Reino Unido anunciam novas sanções à Venezuela no dia da tomada de posse de Maduro

Nicolás Maduro foi empossado para novo mandato esta sexta-feira
Nicolás Maduro foi empossado para novo mandato esta sexta-feira Direitos de autor  Cristian Hernandez/AP
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Chefe da diplomacia europeia sublinhou que Maduro não tem a "legitimidade de um presidente democraticamente eleito"

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Nicolás Maduro tomou posse como presidente da Venezuela, para um mandato de mais seis anos, apesar de a oposição afirmar que não existem provas claras de que tenha vencido as eleições de julho passado.

A oposição venezuelana, liderada por Edmundo Gonzalez e Maria Corina Machado, afirma que "foi consumado um golpe de Estado". Recorde-se que Machado foi detida por um breve período na quinta-feira, quando abandonava uma manifestação em Caracas convocada para tentar impedir que Maduro fosse empossada.

A União Europeia condenou a situação na Venezuela e insiste no facto de os resultados eleitorais não terem sido verificados. Nas palavras da Alta Representante Kaja Kallas, “Maduro não tem a legitimidade de um presidente democraticamente eleito”.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, foi mais dura, argumentando que “Maduro deveria estar a enfrentar a justiça e não a prestar um juramento ilegítimo”.

Para além disso, a UE sancionou 15 indivíduos responsáveis por minar a democracia, o Estado de direito ou os direitos humanos na Venezuela.

Maduro diz que tomada de posse foi "grande vitória para paz"

Maduro foi empossado esta sexta-feira para um novo mandato. No palácio legislativo da Venezuela, onde prestou juramento e proferiu um discurso inflamado, foi fortemente vigiado pelas forças de segurança que se tornaram o principal suporte do presidente no poder desde as eleições disputadas no verão pasado.

Uma multidão de apoiantes de Maduro reuniu-se nas imediações.

Comparando-se a um David bíblico que luta contra Golias, Maduro acusou os seus opositores e respetivos apoiantes nos EUA de tentarem transformar a sua tomada de posse numa “guerra mundial”, acrescentando que o fracasso de seus inimigos em bloquear sua posse para um terceiro mandato de seis anos foi “uma grande vitória” para a paz e a soberania nacional da Venezuela.

Maduro e a mulher, Cilia Flores, à chegada à cerimónia de tomada de posse na Assembleia Nacional da Venezuela
Maduro e a mulher, Cilia Flores, à chegada à cerimónia de tomada de posse na Assembleia Nacional da Venezuela Cristian Hernandez/AP

“Hoje, mais do que nunca, sinto o peso do compromisso, o poder que represento, o poder que a Constituição me concede”, disse, depois de colocar uma faixa com as cores vermelha, amarela e azul da bandeira da Venezuela. “Não fui nomeado presidente pelo governo dos Estados Unidos, nem pelos governos pró-imperialistas da América Latina”.

A televisão estatal venezuelana informou que 10 chefes de Estado compareceram na tomada de posse, mas muito mais governos em todo o mundo rejeitaram as suas alegações de vitória, apontando para provas credíveis validadas por observadores eleitorais.

Para sublinhar o crescente isolamento de Maduro, a administração Biden, o Canadá e o Reino Unido, para além da União Europeia, anunciaram uma ronda coordenada de novas sanções esta sexta-feira a mais de 20 altos funcionários venezuelanos, acusando-os de destruir a democracia da Venezuela. Entre eles estão os juízes leais do Supremo Tribunal, as autoridades eleitorais, o diretor da empresa petrolífera estatal da Venezuela e os ministros do governo.

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