Israel afirmou que os ataques visaram infraestruturas do Hamas e que tinha emitido avisos de evacuação em Jabaliya.
Pelo menos 60 pessoas, incluindo 22 crianças, morreram ataques aéreos israelitas em Gaza durante a noite de terça-feira para quarta-feira, de acordo com as autoridades médicas dos hospitais locais na Faixa de Gaza.
Israel não quis comentar o sucedido, mas disse que tinha emitido avisos de evacuação para Jabaliya na noite de terça-feira, citando a presença de infraestruturas do Hamas, tais como lançadores de foguetes.
Os ataques ocorreram um dia depois da libertação de um refém israelo-americano, no âmbito de um acordo entre o Hamas e os EUA. A libertação fazia parte dos esforços para restabelecer um cessar-fogo, reabrir as passagens para o território bloqueado por Israel e retomar a entrega de ajuda.
No entanto, esta terça-feira, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu afirmou que as forças armadas israelitas iriam continuar as operações em Gaza "com toda a força" nos próximos dias. O primeiro-ministro avisou que "de forma alguma" Israel iria parar a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, mesmo que fosse alcançado um acordo com o Hamas para libertar mais reféns.
O exército israelita está a poucos dias de entrar em Gaza "com grande força para completar a missão de destruir o Hamas", disse Netanyahu.
Fome em Gaza preocupa comunidade internacional
No início desta semana, especialistas internacionais em segurança alimentar alertaram para o facto de Gaza estar a enfrentar uma situação de fome que só pode piorar se o bloqueio israelita, agora no terceiro mês, e a campanha militar continuarem.
A guerra entre Israel e o Hamas começou quando militantes do Hamas atacaram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1200 pessoas, na sua maioria civis. O Hamas fez 251 pessoas reféns e mantém atualmente 57, das quais 22 se pensa estarem vivas.
A subsequente ofensiva israelita matou até à data mais de 50.000 palestinianos, na maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, gerido pelo Hamas, cujos números não distinguem entre combatentes e civis. O exército israelita afirma que 856 dos seus soldados morreram desde o início da guerra.