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Israel "rejeita totalmente" decisão da UE de rever acordo de comércio e cooperação

ARQUIVO: O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o ministro dos Negócios Estrangeiros Israel Katz no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém.
ARQUIVO: O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e o ministro dos Negócios Estrangeiros Israel Katz no gabinete do primeiro-ministro em Jerusalém. Direitos de autor  Ronen Zvulun/Pool Photo via AP
Direitos de autor Ronen Zvulun/Pool Photo via AP
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
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O Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros denunciou a decisão da União Europeia de rever um pacto que rege as relações comerciais com Israel, devido à campanha militar em Gaza.

Israel deixa fortes críticas à decisão da União Europeia (UE) de rever o amplo pacto de comércio e cooperação com o país devido à intensificação da ofensiva em Gaza.

A chefe da política externa da UE, Kaja Kallas, declarou na terça-feira que o bloco iria examinar se Israel violou as suas obrigações em matéria de direitos humanos ao abrigo do artigo 2.º do Acordo de Associação UE-Israel, que define as relações comerciais e diplomáticas entre ambas as partes.

Numa declaração partilhada no X no final da tarde de terça-feira, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel, Oren Marmorstein, rejeitou o anúncio de Kallas.

"Rejeitamos completamente a direção tomada na declaração, que reflete uma total incompreensão da complexa realidade que Israel enfrenta", escreveu Marmorstein.

"Esta guerra foi imposta a Israel pelo Hamas e o Hamas é o único responsável pela sua continuação", sublinhou.

"Ignorar estas realidades e criticar Israel apenas endurece a posição do Hamas e encoraja-o a manter-se firme".

Marmorstein também agradeceu às nações que apoiaram Israel no debate e afirmou que o país continua empenhado num diálogo aberto com a UE e os seus Estados-membros.

Kallas: forte maioria a favor

A pressão internacional está a aumentar sobre Israel, na sequência de um bloqueio de quase três meses à entrada de ajuda humanitária em Gaza e de uma ofensiva alargada lançada na Faixa de Gaza.

A decisão da UE foi tomada depois de 17 dos 27 ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco terem apoiado a revisão, que foi apresentada no início do mês pelo chefe da diplomacia dos Países Baixos, Caspar Veldkamp.

Nove Estados-membros - Bélgica, Finlândia, França, Irlanda, Luxemburgo, Portugal, Eslovénia, Espanha e Suécia - tinham apoiado publicamente a proposta neerlandesa antes da reunião de terça-feira dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A Dinamarca, a Estónia, Malta, a Polónia, a Roménia e a Eslováquia também apoiaram a revisão na terça-feira, disseram fontes diplomáticas à Euronews. A Áustria, um forte apoiante de Israel, não expressou qualquer oposição, disse outro diplomata.

A Bulgária, a Croácia, Chipre, a Chéquia, a Alemanha, a Grécia, a Hungria, a Itália e a Lituânia são contra, enquanto a Letónia se mantém "neutra", esclareceram as fontes.

Kaja Kallas disse aos jornalistas, em Bruxelas, que "é evidente que existe uma forte maioria a favor de uma revisão do artigo 2.º do Acordo de Associação com Israel". "Vamos iniciar esta revisão e, entretanto, cabe a Israel libertar mais ajuda humanitária".

"A situação em Gaza é catastrófica. A ajuda que Israel autorizou é bem-vinda, mas é uma gota no oceano. A ajuda deve fluir imediatamente, sem obstruções e em grande escala, porque é isso que é necessário", acrescentou Kallas.

Na terça-feira, o Reino Unido suspendeu as conversações comerciais, aplicou sanções aos colonos da Cisjordânia e convocou o embaixador israelita no país devido ao que descreveu como a ofensiva "intolerável" em Gaza. A decisão foi tomada depois de os líderes do Reino Unido, da França e do Canadá terem ameaçado com "ações concretas" se Israel não suspendesse a sua campanha e não levantasse as restrições à ajuda.

Em resposta, Marmorstein considerou as sanções contra os colonos da Cisjordânia "injustificadas e lamentáveis" e afirmou que as negociações do acordo de comércio livre não estavam a ser avançadas pelo Reino Unido.

Outras fontes • AP

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