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Harvard processa administração Trump e trava proibição de matricular estudantes estrangeiros

Pessoas caminham entre edifícios, em 17 de dezembro de 2024, no campus da Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts.
Pessoas caminham entre edifícios, em 17 de dezembro de 2024, no campus da Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts. Direitos de autor  AP Photo/Steven Senne
Direitos de autor AP Photo/Steven Senne
De Emma De Ruiter com AP
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Harvard afirmou que a ação do governo dos EUA foi uma retaliação por ter desafiado as suas exigências políticas. Juiz deu razão à universidade e travou temporariamente a aplicação da decisão da administração Trump.

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A Universidade de Harvard contestou a decisão da administração Trump de a impedir de matricular estudantes estrangeiros e conseguiu travar a aplicaçao da medida, ainda que temporariamente.

Numa ação judicial apresentada em Boston na sexta-feira, a universidade da Ivy League afirmou que a ação do governo viola a Primeira Emenda e terá um "efeito imediato e devastador para Harvard e mais de 7.000 titulares de vistos".

A instituição de renome afirmou ter sido visada por desafiar as exigências políticas da Casa Branca.

Desde o início do segundo mandato do presidente norte-americano Donald Trump, o governo dos EUA tem procurado mudar fundamentalmente as universidades do país.

"Com o golpe de uma caneta, o governo procurou apagar um quarto do corpo discente de Harvard, estudantes internacionais que contribuem significativamente para a universidade e sua missão", disse Harvard. "Sem os seus estudantes internacionais, Harvard não é Harvard".

A universidade apresentou uma providência cautelar para impedir o Departamento de Segurança Interna de realizar a mudança, que foi atendida pela juíza Allison Burroughs já esta sexta-feira.

De acordo com a decisão da administração Trump, a universidade não poderia oferecer admissão a novos estudantes internacionais pelo menos durante os próximos dois anos letivos.

Escolas de pós-graduação como a Harvard Kennedy School, onde quase metade do corpo discente vem do estrangeiro, seriam as mais afetadas.

Segundo Harvard, a decisão da Casa Branca, tomada na quinta-feira, coloca a escola numa situação de desvantagem imediata na competição pelos melhores alunos do mundo. Mesmo que recupere a capacidade de acolher estudantes, "os futuros candidatos poderão evitar candidatar-se por receio de novas represálias por parte do governo", refere a ação judicial.

O Departamento de Segurança Interna afirmou na quinta-feira que tinha atuado contra Harvard porque a universidade tinha criado um ambiente inseguro para os estudantes judeus ao permitir a entrada no campus de "agitadores anti-americanos e pró-terroristas".

A 16 de abril, a Secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, exigiu que Harvard fornecesse informações sobre os estudantes estrangeiros que os pudessem implicar em actos de violência ou protestos que pudessem levar à sua deportação.

Noem afirmou que Harvard poderia recuperar a sua capacidade de acolher estudantes estrangeiros se apresentasse os registos dos estudantes estrangeiros no prazo de 72 horas.

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