Presidente dos EUA, Donald Trump, homenageou os soldados norte-americanos que morreram em combate numa cerimónia no Cemitério Nacional de Arlington, chamando-lhes "os melhores e mais corajosos da América". Antes, insultou Biden numa publicação nas redes sociais.
O presidente dos EUA, Donald Trump, o vice-presidente JD Vance e o secretário da Defesa, Pete Hegseth, participaram na segunda-feira numa cerimónia em Arlington, no Estado da Virgínia, por ocasião do Dia da Memória, lembrando os soldados norte-americanos falecidos e honrando o seu sacrifício.
A cerimónia decorreu no Cemitério Nacional de Arlington, onde mais de 400.000 pessoas, na maioria soldados, estão sepultadas.
Trump colocou uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido antes de fazer uma pausa e dar um passo atrás, juntando-se a Vance e Hegseth numa saudação.
O presidente dos EUA proferiu depois um discurso em que apelidou as tropas americanas de "grandes, grandes guerreiros" e destacou várias famílias e parentes de soldados falecidos para contarem as suas histórias.
"Reverenciamos o seu incrível legado", disse Trump. "Saudamo-los na sua glória eterna e perpétua. E continuamos a nossa busca incansável do destino da América à medida que tornamos a nossa nação mais forte, mais orgulhosa, mais livre e maior do que nunca".
"A coragem deles", disse, "deu-nos a república mais livre, maior e mais nobre que alguma vez existiu à face da terra. Uma república que eu estou a reparar depois de quatro anos longos e difíceis".
Contou a história da suboficial-chefe da Marinha Shannon Kent, morta com outros três americanos por um bombista suicida em 2019 na Síria, deixando para trás o marido, o filho de 3 anos e o filho de 18 meses.
A nova-iorquina estava no seu quinto destacamento, integrada numa equipa onde serviu como linguista, tradutora e técnica de criptologia, trabalhando ao lado de forças especiais numa missão destinada a caçar militantes do grupo Estado Islâmico.
"Ela foi uma das primeiras mulheres a fazê-lo, e fê-lo melhor do que ninguém", disse Trump, chamando a família de Kent para aplausos na cerimónia.
Não demorou muito para que o discurso se desviasse para a política, com Trump a aproveitar a oportunidade para criticar o seu antecessor Joe Biden, acrescentando que o seu mandato como presidente foi repleto de erros e falhas, que a sua administração está a trabalhar para corrigir.
"Uma república que estou a consertar depois de quatro anos longos e difíceis. Foram quatro anos difíceis que atravessámos", disse o presidente dos EUA. "Pessoas a atravessar as nossas fronteiras sem controlo. Pessoas que estão a fazer coisas indescritíveis e que não devem ser discutidas hoje", acrescentou.
Embora a efeméride do Dia da Memória seja habitualmente tratada pelos presidentes dos EUA com solenidade, Trump começou o dia com uma publicação em letras maiúsculas na sua plataforma de redes sociais, Truth Social, dirigida a Biden.
"ESCUMALHA QUE PASSOU OS ÚLTIMOS QUATRO ANOS A TENTAR DESTRUIR O NOSSO PAÍS".
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, também participou na cerimónia. Numa publicação no X, Metsola prestou homenagem aos soldados norte-americanos mortos, reconhecendo o seu sacrifício pela Europa e expressando a sua gratidão.
"No Dia da Memória, honramos a coragem de todos os heróis caídos, cujo sacrifício significou a paz e a liberdade na Europa", disse Metsola. "A Europa estará para sempre grata. Recordamo-los. Honramo-los".