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Rússia reúne 50.000 soldados na fronteira perto de Sumy, diz Zelenskyy

Sistema antitanque na fronteira russo-ucraniana, na região de Sumy, na Ucrânia,
Sistema antitanque na fronteira russo-ucraniana, na região de Sumy, na Ucrânia, Direitos de autor  AP/Ukrainian Emergency Service via AP
Direitos de autor AP/Ukrainian Emergency Service via AP
De Sasha Vakulina
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A Rússia está a reunir milhares de tropas na fronteira com a região de Sumy, no nordeste da Ucrânia. O exército ucraniano também teme que Moscovo esteja a preparar novos ataques a Kharkiv.

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A Rússia está a reunir 50.000 soldados na fronteira com a região de Sumy, no nordeste da Ucrânia, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, no que afirma ser uma tentativa de Moscovo criar uma zona tampão de 10 quilómetros.

"Agora, estão a juntar tropas na direção de Sumy, mais de 50.000. Nós percebemos, mas tivemos sucesso nessa zona", disse Zelensky na quarta-feira, acrescentando que a Rússia também está a concentrar as "melhores tropas" na região de Kursk.

Moscovo tem intensificado as operações militares em Sumy, na Ucrânia, nas últimas semanas.

Kiev confirmou que as forças de Moscovo conseguiram capturar quatro aldeias na região, perto da fronteira com a Rússia. O governador de Sumy declarou que estas povoações já tinham sido evacuadas há muito tempo e que "não existe qualquer ameaça para os civis".

Cerca de 56.000 civis foram retirados desta região devido à escalada da agressão russa e aos bombardeamentos diários, explicou Oleh Hryhorov.

Kharkiv também na mira de Moscovo

O ano passado, Kiev afirmou várias vezes que a Rússia planeava lançar uma ofensiva na região de Sumy, mas o plano foi interrompido pela incursão da Ucrânia na região russa de Kursk.

Recentemente, os militares ucranianos também alertaram para a possibilidade de a Rússia estar a preparar novos ataques a Kharkiv, uma vez que Moscovo reuniu tropas perto da fronteira com a região.

Andrii Pomahaibus, chefe da 13ª Brigada Khartiia da Guarda Nacional da Ucrânia, disse que a Rússia está a tentar deslocar as tropas para mais perto da linha de contacto, mas até agora não conseguiu realizar ataques.

Militares ucranianos disparam em direção a posições russas perto de Kharkiv, 16 de maio de 2025.
Militares ucranianos disparam em direção a posições russas perto de Kharkiv, 16 de maio de 2025. AP Photo

Moscovo tem indicado repetidamente planos para criar uma zona tampão entre a Ucrânia e a Rússia na região.

Na quinta-feira passada, o presidente russo, Vladimir Putin, dirigiu-se ao seu Governo, dizendo: "Foi tomada a decisão de estabelecer uma zona tampão de segurança. Neste momento, as nossas forças armadas estão a levar a cabo esta tarefa".

Estas declarações foram feitas depois de os responsáveis regionais da região russa de Kursk terem apelado a medidas fronteiriças mais rigorosas. Putin disse que a zona se situaria ao longo das regiões de Kursk, Belgorod e Bryansk, que fazem fronteira com as regiões ucranianas de Sumy, Kharkiv e Chernihiv.

Mobilização militar russa prossegue

A Rússia está agora a preparar-se para uma nova ofensiva, possivelmente durante o verão, dizem os militares ucranianos. Os combates intensificaram-se ao longo de todas as linhas da frente da Ucrânia, que se estendem por mais de 1.000 quilómetros em várias regiões do país.

Na terça-feira, Zelenskyy disse que a Rússia recruta cerca de 40.000 a 45.000 homens para as forças armadas todos os meses, enquanto a Ucrânia mobiliza cerca de 25.000 a 27.000 soldados.

O presidente ucraniano diz que se trata de mais um indicador de que Moscovo está a intensificar os esforços de guerra, apesar dos inúmeros apelos de Kiev, Bruxelas e Washington para um cessar-fogo incondicional.

"Quando os Estados Unidos enviam sinais de quererem fazer algo positivo com a Rússia, a Rússia aumenta a mobilização", disse Zelenskyy.

Na segunda-feira, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse que a Rússia já perdeu quase um milhão de soldados desde que invadiu a Ucrânia.

O enviado especial dos Estados Unidos para a Ucrânia, Keith Kellogg, disse que as estimativas de Washington indicam que o número baixas dos dois lados ultrapassou um milhão de pessoas.

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