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Putin diz que Rússia pode mediar acordo entre Israel e Irão, enquanto intensifica ataques à Ucrânia

ARQUIVO: O Presidente russo Vladimir Putin discursa no Kremlin em Moscovo, Rússia, na quinta-feira, 12 de junho de 2025,
ARQUIVO: O Presidente russo Vladimir Putin discursa no Kremlin em Moscovo, Rússia, na quinta-feira, 12 de junho de 2025, Direitos de autor  Sergei Bulkin/Sputnik
Direitos de autor Sergei Bulkin/Sputnik
De Kieran Guilbert
Publicado a Últimas notícias
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A oferta de mediação para o conflito entre Israel e o Irão surge numa altura em que a Rússia intensificou a sua guerra contra a Ucrânia, incluindo ataques a edifícios residenciais em Kiev.

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O presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu-se para ajudar a mediar o fim do conflito entre Israel e o Irão, ao mesmo tempo que Moscovo intensifica a sua guerra contra a Ucrânia.

Em declarações aos editores das agências noticiosas internacionais, em São Petersburgo, Putin sugeriu que o Kremlin poderia ajudar a negociar um acordo que permitisse a Teerão prosseguir um programa nuclear pacífico, ao mesmo tempo que atenuaria as preocupações de segurança de Israel.

Putin afirmou tratar-se de uma "questão delicada", mas acredita que "é possível encontrar uma solução".

O líder russo afirmou ter partilhado a proposta de Moscovo com o Irão, Israel e os Estados Unidos (EUA).

"Não estamos a impor nada a ninguém, estamos simplesmente a falar sobre a forma como vemos uma possível saída para a situação. Mas a decisão, como é óbvio, cabe à liderança política de todos estes países, principalmente do Irão e de Israel", afirmou.

Israel atingiu uma instalação nuclear iraniana de importância crítica e mísseis iranianos atingiram um hospital israelita esta quinta-feira, sétimo dia de um conflito que começou com uma vaga surpresa de ataques aéreos israelitas contra instalações militares, oficiais superiores e cientistas nucleares do Irão.

A campanha aérea israelita contra o seu rival matou vários comandantes militares iranianos e centenas de civis, enquanto os ataques do Irão em resposta mataram pelo menos duas dezenas de civis em Israel.

Questionado sobre a forma como a Rússia reagiria se Israel matasse o Ayatollah Ali Khamenei, Putin recusou-se a responder, dizendo que não queria "discutir essa possibilidade".

Khamenei rejeitou os apelos dos EUA à rendição face aos ataques israelitas e avisou que qualquer envolvimento militar de Washington causaria "danos irreparáveis".

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no início da semana que os EUA sabiam onde Khamenei estava "escondido", mas que não o iriam "eliminar, pelo menos por agora".

Ataques a civis na Ucrânia

Há décadas que a Rússia tem mantido um equilíbrio delicado no Médio Oriente, mantendo boas relações com Israel, ao mesmo tempo que desenvolve fortes laços económicos e militares com o Irão, uma política que poderia permitir a Moscovo desempenhar o papel de mediador de poder na região.

No entanto, o Kremlin assinou um acordo de parceria estratégica com Teerão em janeiro, enquanto a sua relação com Israel tem sido testada pelas guerras em Gaza e na Ucrânia.

Depois de o conflito entre Israel e o Irão ter eclodido na passada sexta-feira, a Rússia instou Israel a mostrar contenção na sua campanha contra o Irão e condenou os seus ataques como "violações da carta das Nações Unidas e do direito internacional" - as mesmas contravenções que a comunidade internacional tem repetidamente afirmado que Moscovo tem cometido na Ucrânia.

Questionado na quarta-feira, durante a reunião de São Petersburgo, sobre o facto de a Rússia denunciar os ataques de Israel ao Irão, enquanto civis ucranianos estão a ser mortos em ataques de Moscovo, Putin respondeu que a Rússia tinha como alvo as fábricas de armas da Ucrânia.

Uma mulher idosa carrega pertences do seu apartamento que foi destruído pelo ataque de mísseis da Rússia na terça-feira, em Kiev, Ucrânia, quarta-feira, 18 de junho de 2025.
Uma mulher idosa carrega pertences do seu apartamento que foi destruído pelo ataque de mísseis da Rússia na terça-feira, em Kiev, Ucrânia, quarta-feira, 18 de junho de 2025. Efrem Lukatsky/Copyright 2025 The AP. All rights reserved

No entanto, foram documentados danos generalizados em edifícios residenciais e outros alvos civis na Ucrânia durante o conflito, incluindo esta semana.

Na quarta-feira, as equipas de emergência ucranianas retiraram mais corpos dos escombros de um edifício de apartamentos de nove andares em Kiev, demolido por um ataque russo no início da semana, o que elevou para 28 o número de mortos no ataque à capital.

Os ataques intensos da Rússia contra a Ucrânia nas últimas semanas foram condenados por várias organizações internacionais - incluindo a OSCE e o Conselho da Europa - como violações do direito humanitário internacional.

Duas rondas de conversações de paz diretas entre Moscovo e Kiev não conseguiram fazer progressos para pôr fim à guerra da Rússia, que já vai no seu quarto ano.

Outras fontes • AP

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