O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que discutiu com o presidente dos EUA um possível cessar-fogo em Gaza e as recentes ações militares contra o Irão.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que o seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça-feira, se centrou na libertação dos reféns israelitas em Gaza e na possibilidade de um cessar-fogo na região.
Numa declaração publicada no X pelo seu gabinete na quarta-feira, Netanyahu reiterou que a guerra de Israel em Gaza iria continuar até que as capacidades militares e de governação do Hamas fossem eliminadas.
O líder israelita afirmou que só assim será possível garantir que Gaza não constitui "uma ameaça para Israel".
O encontro entre Netanyahu e Trump, na terça-feira, foi o segundo entre os dois em 24 horas, numa altura em que Trump intensificou a pressão sobre o seu homólogo israelita para que chegue a um acordo que ponha fim à guerra na Faixa de Gaza.
Embora Trump tenha apoiado a campanha de Israel, apelou recentemente ao fim do que descreveu como "inferno" em Gaza.
Na Casa Branca pretendem chegar a um acordo que inclua uma pausa de 60 dias nos combates, a entrega de ajuda a Gaza e a libertação de pelo menos alguns dos restantes 50 reféns detidos no território, muitos dos quais se pensa já terem morrido.
O enviado de Trump para o Médio Oriente, Steve Witkoff, disse na terça-feira que estava esperançado num acordo.
O Hamas afirmou que está disposto a libertar todos os reféns em troca do fim da guerra e da retirada total de Israel do território.
No entanto, Netanyahu tem repetido que a guerra só terminará quando o Hamas se render, for desarmado e exilado - algo que se o grupo recusa a fazer.
Nos quase dois anos que passaram desde que o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023, em solo israelita, que matou cerca de 1200 pessoas e fez 251 reféns, o exército israelita reduziu grande parte da Faixa de Gaza a escombros.
A guerra já matou mais de 57.000 palestinianos, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza.
Nos dias que antecederam a visita de Netanyahu, Trump pareceu minimizar as hipóteses de um acordo de cessar-fogo.
Questionado na sexta-feira sobre a perspetiva de uma trégua, Trump disse aos jornalistas: "Estou muito otimista - mas, como sabem, as coisas mudam de dia para dia".
O encontro entre Trump e Netanyahu pode dar nova urgência a uma proposta de cessar-fogo dos EUA que está a ser debatida entre Israel e o Hamas através de conversações indirectas no Qatar.
Durante a reunião de terça-feira, Netanyahu disse que também falou sobre o Irão com Trump, com a dupla a discutir "as implicações e possibilidades" do que ele chamou de sua "grande vitória" sobre Teerão.
A 13 de junho, Israel lançou um ataque surpresa contra instalações militares no Irão, que originou 12 dias de combates.
Mais tarde, os Estados Unidos juntaram-se ao conflito, lançando bombas de fragmentação em três instalações nucleares no Irão, numa tentativa de fazer descarrilar o programa nuclear do país.