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Perante situação de fome, mais ajuda humanitária é lançada por via aérea sobre a Faixa de Gaza

Ajuda humanitária é lançada por via aérea para os palestinianos sobre o norte da Faixa de Gaza, domingo, 27 de julho de 2025. (AP Photo/Abdel Kareem Hana)
Ajuda humanitária é lançada por via aérea para os palestinianos sobre o norte da Faixa de Gaza, domingo, 27 de julho de 2025. (AP Photo/Abdel Kareem Hana) Direitos de autor  AP Photo
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A Jordânia anunciou ter realizado três lançamentos aéreos sobre os céus de Gaza este domingo, incluindo um em cooperação com os Emirados Árabes Unidos (EAU).

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Os lançamentos aéreos de ajuda alimentar foram retomados em algumas partes de Gaza este domingo, após Israel ter aberto corredores humanitários e dado início a uma pausa limitada nos combates no enclave palestiniano.

A Jordânia anunciou ter realizado três lançamentos aéreos sobre os céus de Gaza este domingo, incluindo um em cooperação com os Emirados Árabes Unidos (EAU). O país afirmou que os seus aviões de carga lançaram 25 toneladas de alimentos e mantimentos sobre vários locais em Gaza.

De acordo com relatos da imprensa, alguns palestinianos lamentaram a dificuldade em aceder a ajuda humanitária após ela ter caído no solo, por vezes em zonas militarizadas.

O lançamento aéreo de ajuda alimentar ocorre depois de Israel ter aberto o corredor humanitário para o enclave palestiniano sitiado no sábado à noite, e o seu exército ter anunciado, já este domingo, que tinha iniciado uma pausa limitada nos combates em três áreas densamente povoadas de Gaza durante 10 horas por dia.

A pausa, referiu o exército israelita, fazia parte de uma série de medidas para garantir a existência de rotas para a entrega de ajuda em Gaza, à medida que aumentam as preocupações sobre o aumento da fome no território.

Afirmou também ter realizado lançamentos aéreos de abastecimentos sobre Gaza, que incluíram pacotes de ajuda com farinha, açúcar e alimentos enlatados.

A situação em Gaza suscitou uma onda de críticas internacionais sobre a conduta de Israel na guerra de 21 meses, especialmente quando surgiram imagens de crianças palestinianas em situação de desnutrição severa no território e começaram a circular amplamente notícias de mortes por fome.

Ajuda humanitária é lançada por via aérea sobre a cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, no domingo, 27 de julho de 2025.
Ajuda humanitária é lançada por via aérea sobre a cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, no domingo, 27 de julho de 2025. AP Photo/Jehad Alshrafi

ONU elogia medidas para aliviar o bloqueio, mas alerta para riscos que ainda subsistem

Entretanto, as Nações Unidas saudaram, este domingo, as medidas adotadas para aliviar as restrições à ajuda humanitária, mas afirmaram que era necessário um cessar-fogo mais abrangente para garantir que os bens chegassem a todas as pessoas necessitadas em Gaza.

A UNICEF considerou esta medida "uma oportunidade para salvar vidas", num contexto em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, recentemente, para o facto de as taxas de desnutrição em Gaza estarem numa "trajetória perigosa", marcada por um aumento acentuado do número de mortes em julho.

Especialistas em alimentação há muito alertam para o risco de fome generalizada em Gaza, onde Israel restringiu a ajuda porque afirma que o Hamas desvia bens para ajudar a reforçar o seu domínio, embora sem apresentar provas para sustentar essa alegação.

Tese essa que foi também repetida, este domingo, pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ao responder a perguntas de jornalistas na Escócia sobre a crise humanitária em Gaza.

Trump alega que o Hamas rouba ajuda alimentar

"Estamos a dar muito dinheiro, muita comida e muito de tudo. Se não estivéssemos lá, acho que as pessoas teriam morrido de fome, francamente. Teriam morrido de fome, e não é que estejam a comer bem, mas grande parte dessa comida está a ser roubada pelo Hamas", mencionou Trump, sobre o tema.

As suas observações contradizem as conclusões de uma análise interna do governo dos EUA, que recentemente não encontrou provas de roubos generalizados, por parte do Hamas, em Gaza, de ajuda humanitária financiada pelos EUA, que é gerida pela Fundação Humanitária de Gaza, um grupo privado.

Além da controversa alegação que visava o Hamas, Israel também acusou a ONU de não conseguir obter a ajuda alimentar e entregá-la aos necessitados, uma acusação que as agências de ajuda humanitária das Nações Unidas rejeitam, afirmando que muitas vezes precisam da autorização das Forças de Defesa de Israel (IDF) para utilizar as rotas de viagem por razões óbvias de segurança.

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