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EUA recuam e já não vão considerar posições sobre Israel para atribuir fundos em situação de crise

O Presidente Trump discursa numa reunião de gabinete com Eric Scott Turner, Pam Bondi, Marco Rubio e Pete Hegseth, na Casa Branca, Washington DC, terça-feira, 8 de julho de 2025
O Presidente Trump discursa numa reunião de gabinete com Eric Scott Turner, Pam Bondi, Marco Rubio e Pete Hegseth, na Casa Branca, Washington DC, terça-feira, 8 de julho de 2025 Direitos de autor  Evan Vucci/Copyright 2025 The AP. All rights reserved
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De Malek Fouda
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Uma cláusula nos termos e condições da FEMA que obrigava os Estados a manterem laços comerciais com Israel e com empresas israelitas para poderem ter acesso a fundos federais de emergência foi discretamente eliminada na segunda-feira.

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A administração Trump inverteu o rumo, na segunda-feira, depois de ter enfrentado reações negativas por ter ameaçado reter pelo menos 1,9 mil milhões de dólares (1,64 mil milhões de euros) em fundos de catástrofe de cidades e estados que apoiam boicotes a Israel e a empresas israelitas.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS) parece ter retirado um artigo do seu site, ao abrigo dos seus termos e condições internos, que estipulava que os Estados "não devem apoiar o corte de relações comerciais ou limitar as relações comerciais especificamente com empresas israelitas ou com empresas que desenvolvam atividades em ou com Israel" para se qualificarem para o financiamento.

Os Estados contam com a linha de financiamento de emergência para financiar operações de busca e salvamento em casos de catástrofes naturais ou emergências locais, salários do pessoal, equipamento e recursos.

O DHS supervisiona as operações de financiamento da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA na sigla original). A porta-voz do DHS, Tricia McLaughlin, afirmou em comunicado na segunda-feira que "as subvenções da FEMA continuam a ser regidas pela lei e pela política existentes e não por testes de tornassol político".

Isto marca uma mudança na política da administração Trump, que tem tentado penalizar os governos locais, instituições, agências federais e empresas privadas por não se alinharem com as suas opiniões sobre Israel ou o antissemitismo.

A cláusula, agora aparentemente rejeitada, tentava visar o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), que tem por objetivo pressionar economicamente Israel e forçá-lo a pôr termo à ofensiva de mais de 20 meses contra Gaza.

Os antigos termos e condições, que os Estados devem seguir para ter acesso aos fundos, seguiam o que o DHS chamou de "boicote discriminatório proibido", mas a versão atualizada, publicada discretamente na segunda-feira, já não usa essa linguagem.

"Não existe qualquer requisito da FEMA relacionado com Israel", escreveu o Departamento de Segurança Interna numa publicação no X. "Nenhum estado perdeu financiamento e não foram impostas novas condições".

"O DHS aplicará todas as leis e políticas anti-discriminação, incluindo no que diz respeito ao movimento BDS, que é expressamente baseado no antissemitismo. Aqueles que se envolvem em discriminação racial não devem receber um único dólar de financiamento federal".

A decisão de retirar discretamente a cláusula dos termos e condições surge depois de vários meios de comunicação social norte-americanos terem criticado o departamento por condicionar o acesso a fundos federais de emergência a agendas e ideologias políticas.

A decisão surge também num momento em que a pressão e as críticas globais aumentam sobre Israel devido à sua ofensiva em Gaza. A administração Trump tem afirmado regularmente que continuará a lutar contra aquilo a que chamou uma onda de antissemitismo induzido pela esquerda, sublinhando que não tem lugar nos Estados Unidos e que não será tolerado.

Outras fontes • AP

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