Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Eslovénia é o primeiro país da UE a proibir o comércio de armas com Israel

O primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, chega a uma cimeira da UE no edifício do Conselho Europeu em Bruxelas, quinta-feira, 26 de junho de 2025.
O primeiro-ministro da Eslovénia, Robert Golob, chega a uma cimeira da UE no edifício do Conselho Europeu em Bruxelas, quinta-feira, 26 de junho de 2025. Direitos de autor  Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved AP
Direitos de autor Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
De Maïa de La Baume
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button

A Eslovénia tem sido um dos países da UE que mais tem apelado a que o bloco tome medidas contra Israel. O país reconheceu um Estado palestiniano em junho do ano passado e, desde então, tem apelado repetidamente a um cessar-fogo em Gaza e ao aumento da distribuição de ajuda à Faixa de Gaza.

PUBLICIDADE

A Eslovénia será "o primeiro país europeu" a proibir o comércio de armas com Israel em resposta às ações de Telavive em Gaza, disse o primeiro-ministro Robert Golob à agência noticiosa do país (STA) na sexta-feira.

"Por iniciativa do primeiro-ministro Dr. Robert Golob, o governo adoptou hoje uma decisão que proíbe a exportação e o trânsito de armas e equipamentos militares de ou através da República da Eslovénia para Israel, bem como a importação de tais bens de Israel para a República da Eslovénia", de acordo com um comunicado citado pela STA e publicado na página do governo esloveno.

O comunicado acrescenta que a decisão de Golob decorre da sua promessa de "agir de forma independente" contra Israel se a UE "não adotar medidas concretas até meados de julho".

"Devido a desacordos internos e à falta de unidade, a União Europeia não está atualmente em condições de cumprir esta tarefa", afirma o comunicado.

Os Estados-membros da UE não têm conseguido reunir apoio suficiente para responder às ações de Israel em Gaza. Apesar de uma revisão do acordo de associação UE-Israel, que revelou que as ações do país em Gaza estavam a violar os direitos humanos, os 27 não conseguiram chegar a acordo sobre nenhuma das dez sanções que lhes foram propostas, incluindo uma suspensão parcial do acesso de Israel ao programa de investigação e inovação Horizonte Europa da UE.

Um embargo de armas a Israel nunca foi apresentado entre as opções de ação a nível da UE. As regras das Nações Unidas e da UE estabelecem que as violações dos direitos humanos e os crimes de guerra devem dar origem a embargos à venda de armas. Além disso, na sequência da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, a Itália, a Espanha, a Bélgica e os Países Baixos já suspenderam ou restringiram as exportações.

Israel importa quase 70% do seu arsenal dos EUA, o maior exportador de armas do mundo, mas a Alemanha é o segundo fornecedor de Israel. Desde 7 de outubro de 2023, exportou armas no valor de 485 milhões de euros. A Itália ocupa o terceiro lugar, fornecendo menos de 1%.

A Eslovénia tem sido um dos países da UE que mais tem apelado a uma ação da UE contra Israel. O país reconheceu um Estado palestiniano em junho do ano passado e, desde então, tem apelado repetidamente a um cessar-fogo em Gaza e ao aumento da distribuição de ajuda ao enclave.

O país também declarou dois ministros israelitas de extrema-direita, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, como personae non grata.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

EUA recuam e já não vão considerar posições sobre Israel para atribuir fundos em situação de crise

"Gaza deve ser inundada com ajuda", diz ministro dos Negócios Estrangeiros francês

Gaza está a ser alvo de um genocídio e a Europa tem o dever de o impedir, afirma um académico israelita