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Três jovens irmãs morrem em bote sobrelotado ao tentarem atravessar o Mediterrâneo

Nesta fotografia fornecida pelo RESQSHIP, pessoal da Guarda Costeira italiana evacua migrantes do navio NADIR ao largo da costa de Lampedusa, sábado, 23 de agosto de 2025.
Nesta fotografia fornecida pelo RESQSHIP, pessoal da Guarda Costeira italiana evacua migrantes do navio NADIR ao largo da costa de Lampedusa, sábado, 23 de agosto de 2025. Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Euronews com AP
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As raparigas são as últimas vítimas conhecidas de uma rota migratória que já causou mais de 30.000 mortes desde 2014.

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Três jovens irmãs morreram depois de um bote de borracha sobrelotado ter começado a afundar devido ao mau tempo, quando tentavam atravessar o Mar Mediterrâneo em direção a Itália, informou no domingo uma organização sem fins lucrativos alemã.

As irmãs, oriundas do Sudão devastado pela guerra, tinham nove, 11 e 17 anos de idade. São as últimas vítimas conhecidas de uma rota migratória que já matou mais de 30.000 pessoas desde 2014, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações.

As equipas de salvamento da organização alemã sem fins lucrativos RESQSHIP encontraram os seus corpos depois de terem resgatado cerca de 65 pessoas do barco nas águas a norte da Líbia durante a noite de sexta-feira para sábado. Uma quarta pessoa foi dada como desaparecida.

Amãe e o irmão das meninas sobreviveram ao naufrágio e foram levados para a costa da ilha siciliana de Lampedusa, informou a RESQSHIP.

A embarcação tinha partido de Zuwara, no oeste da Líbia, na sexta-feira. Durante a viagem, o bote começou a encher-se de água devido a ondas de 1,5 metros.

Nesta foto fornecida pela RESQSHIP, vê-se um caixão no cais da ilha siciliana de Lampedusa, no início da manhã de sábado, 23 de agosto de 2025.
Nesta foto fornecida pela RESQSHIP, vê-se um caixão no cais da ilha siciliana de Lampedusa, no início da manhã de sábado, 23 de agosto de 2025. AP Photo

Os socorristas disseram que encontraram o barco depois de receberem um alerta da rede Alarm Phone, que recebe chamadas de barcos de migrantes em perigo.

Só depois de os socorristas terem retirado cerca de dois terços das pessoas a bordo é que os corpos surgiram a boiar numa poça de água e combustível no fundo do barco.

"Ouvi uma mulher a gritar e um homem a apontar para a água", contou a socorrista Barbara Satore. "A equipa médica tentou reanimá-los, mas já estavam submersos há muito tempo."

Mulheres grávidas e crianças estavam entre as outras pessoas resgatadas, explicou Satore. Quatro precisavam de avaliação médica urgente e foram transferidas para um navio da guarda costeira italiana juntamente com os seus familiares.

Separadamente, uma outra entidade de salvamento do Mediterrâneo disse ter resgatado mais de 50 pessoas de um grupo de migrantes, mas não conseguiu chegar a um segundo barco em perigo depois de ter sido intercetado pela guarda costeira líbia.

"A chamada Guarda Costeira Líbia e os atores associados são acusados por uma missão independente de investigação das Nações Unidas de graves violações dos direitos humanos e crimes contra a humanidade na Líbia", afirmou a ONG SOS Humanity, em comunicado.

"Forçar pessoas que procuram proteção a regressar a um país onde enfrentam tortura e abusos é uma violação do direito internacional", acrescentou.

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